Noite final de aprendizado inicial, término, avaliação, uma prova, Nica mulher, antiga menina, agora completa, feminina, gostosa, comedora, corpo gentil, também inversora, faz seu teste formal, desnecessário, porém por todos, ansiado e desejado, sou seu exame, seu corpo de prova, me excito, sei que ela também. Princesa ela surge, quase Rainha, já majestosa, Nica se revela, se exibe, apresenta suas qualidades, as coxas fortes, nenhuma barriga, seios e mamilos agradáveis, a bunda elegante, a buceta mais peluda, a boca ardorosa, delineada, carnuda, boa de beijo, competente nas chupadas, boqueteira voraz, conheço-a bem, deles me locupletei, essa fêmea que surge, a fera que ruge, a tigresa, a pantera, a gata, felina que me induz a todas essa vulgaridades, a putinha que me excita transformada por mim nessa sagaz mulher para quem eu me deito, provoco-a em sua prova final, pois todos queremos ver agora do que essa vadia é capaz como mulher total. Não se faz de rogada, foi por mim educada, bem se vê, percebe rápida como agir, mas com calma, segura vem sobre mim, monta em meu corpo, senta, buceta na buceta consegue logo o que tenta, segura meus pulsos, me domina, com a boca vadia suga a minha língua, introduz a dela na minha, beijo de tesão, sem outra paixão que não o domínio da outra, feita agora de fêmea, a macha iniciada demonstra sua potência, a todos causa forte impressão, domínio sobre mim, mas domínio sobre ela acima de tudo, o corpo harmonioso, movimentos instintivos, perfeitos, quem vê não resiste, ouço exclamações, nenhuma surpresa, apenas aprovações, ruídos de sexo, alguns gemidos, percebo que os outros, aqueles que assistem, que comigo a avaliam, punhetam e masturbam, se excitam, alguns gozam, libertinagem sagrada, respeitada no nosso matadouro, sempre estimulada, agora que a língua de Nica, audaz e esperta, lambe e lambuza o meu rosto, penetra em meu ouvido, com dois dedos solertes ela força a minha boca, abre-a, cospe dentro, puxa a saliva, mistura na dela, produz a baba de Rainha, lição aprendida e perfeitamente executada, delicioso fluído mútuo, antecipatório de outro, pois ela senta agora, a buceta melada que sinto na minha igualmente, ela me olha soberana, sinto-a dominante, momento importante, ela não hesita, a cara me estapeia, ida e volta, algumas vezes, de puta me chama, de vagabunda, cadela e piranha, sinto que me domina pois me conduz ao transe, ao prelúdio do descontrole, meu corpo se perde e se acha, minha mente se transtorna, essa mulher me transforma, me conduz ao delírio, me sinto animal, como imagino sempre deva se sentir quem domino, eu gozo a primeira vez, ela sente seu sucesso, avança, evolui, extrapola, me vira de costas, me põe de quatro, abre a minha bunda, me aplica tapas, com força, não me poupa, filha da puta, safada ordinária, provoco-a mais, apanho proporcionalmente, delicia senti-la, autoritária, dura comigo, minha Domme enfim, sinto no cu as cusparadas, as linguadas que permeiam todo o rego, a língua viageira, do cu até a buceta fagueira, estimulada, pulsante, mordente, molhada e insinuante, gozo outra vez, para a minha dominante que se compraz, prepara-se para mais, rápida coloca a cinta, fixa nela o caralho, me xinga, me bate novamente, tapas na bunda, um ritual, tapas entre as coxas, na virilha, leves, técnica relaxante, os dedos no rego, massagem, cuspe lubrificante, com calma e rigor, certeira, me penetra e possui, perfeita nas variantes, alterna as metidas, entre estocadas e meneios ela cria, ora no cu ora na buceta, aperta meu rosto no colchão, com mais força enfia minha cara no travesseiro, empina naturalmente o meu corpo, dobra-se penetrante, junto ao meu ouvido sussurra, apenas para mim, doces palavrões, maviosos elogios sacrílegos, apodera-se de minha mente, sinto-a toda em mim. Louca e gentil, porém dura e autoritária, alucinada controlada me faz submissa, triunfa sobre mim, sobre a própria mestra e assim perpetua a nossa espécie, vampiras e licantropas desvairadas, sacerdotisas dos fetiches e do sadomasoquismo, do sexo sem perdão, dos prazeres sem fim, das fodas sem compaixão, agora é ela a mulher completa, que de mim se locupleta. Sucessivas vezes me faz gozar, sinto-a orgulhosa, de mim mandante, deliciosa amante, percebo que derramo pelas coxas, me vejo gemendo, gritando, arfando, e ela, oportuna, senso de grande Domme, me asfixia por trás, com um gentil lenço de seda, me tira o ar enquanto me fode sem parar, e mete mais e mais aperta, já não consigo arfar, minha vista escurece, quase limite, sinto que vou gozar, grande onda crescente, uma sensação invulgar, no momento exato ela sente e me libera o ar, as torrentes de fôlego me inundam enquanto gozo como nunca, ejaculo, sinto sair da buceta um jato de gozo, Nica é perfeita e, finalmente, goza comigo, goza em mim, me faz sua fêmea e mulher, submeto-me, ela se agarra ao meu corpo, uma só nos tornamos, vertendo intensamente, todos aplaudem o final e eu murmuro para minha antiga iniciante as palavras sagradas da dominação: minha sucessora, Princesa das sombras do amor, das taras inconfessáveis, de nossos vícios, de nossa Vida Secreta, libero Nica mulher, não mais a menina aprendiz, mas uma macha/fêmea feliz, ato final, última posse, ajoelhada e encoleirada, a menina aguarda a soltura, realizada, irracional, libero-a da coleira, tiro-lhe os cadeados, nada mais de correntes, cadela antes, licantropa de agora em diante, voraz, contumaz.
Nica a aprendiz, na noite agradável em pleno luar, junto ao muro do matadouro, perto da porta do puteiro, transmuta-se, transforma-se: Rainha Verônica.