A montada.
Preliminares, ajustes, prosseguir, ir adiante, fazê-lo
gozar, dilatar esse cu oferecido, penetrá-lo, tarefa para quem sabe, para quem
gosta, para uma apreciadora da submissão máscula, quero uma entrada completa, exercer
minha técnica admirável de faze-los gozar, ejacular e esporrar sem a
necessidade de punhetá-los, toco nos seus caralhos para excitá-los, porque
gosto também desse contato pulsante, de sentir seu volume crescente, de sentir
seu umidecimento indecente, de colocar o indicador sob a glande, o polegar sobre a
coroa, apertar, pressionar, mas fazer gozar eu consigo na próstata, contato do
meu pau direto, friccionando, repetitivo, sentindo crescer a aflição do outro,
percebendo sua perda de controle, o abandono de sua racionalidade, a invasão de
sua pura sensibilidade, sua autenticidade total transparecendo, momento divino
em que alguns, mais machos se tornam, outros, inadvertidos, assumem e apreciam
o relaxamento feminino das possuídas, mas todos, sem exceção, nesse instante a
mim pertencem, a mim se entregam, na putaria se integram, gemem, agora sem
angústia, sentem a dor desejada, a aflição concentrada, física, que se torna
mental, que toma o espírito, que se inicia sutil no anel anal e se espalha
solerte e voraz, a um só tempo, por todo o corpo que, fisicamente, sente agora
a mente, dominada e aviltada, humilhada como desejado, entregue e submetida à
minha majestade perene, Rainha por direito divino, incontestável e dominante,
acima do bem e de bem com o mal. perversa e pervertida, libertária e libertadora
das sombras que afligem os desejos, dos segredos que escondem sua alma, sou,
como sempre fui, a fêmea de todos os machos, a macha de todas as fêmeas, a
fodedora e a fodida, ambiguidade permanente, estável e segura aonde você se
sente sem chão, plaino, plano, alço voo, levito sobre a burguesia temerosa,
escarneço do proletariado moralista, rio das suas éticas, mijo na sua moral, fodam-se seus
princípios, penso nisso enquanto penetro, e fodo, enquanto percebo que o momento é o da
montada, da posse total, do ato másculo, semi-selvagem e animal, por isso mesmo
primal, logo pirmordial, da posse defintiva de que o outro me sinta, dona
absoluta e imperial, imperiosa e imperativa, crescente sobre ele cedente, sedenta
de seu corpo, já dona de sua mente, poderosa e imaginosa, ergo-me sobre meus
pés, saio do contato dos joelhos, arqueio a alavanca da potência, posição
correta e dinâmica, pressiono em definitivo, toda força a frente, monto, trepo,
fodo definitivamente, sinto que tudo penetra, que meu pau nada mais
acrescenta, ouço o gemido gutural, o pedido final, penetro, enfio, meto, fodo,
castigo, agrido e submeto, enfio tudo, meu corpo adquire contornos e formas que
não conheço, não controlo, algo me domina enquanto eu domino, algo que não me
pertence, algo que está na mente, mas que durante o tempo normal mente, se
esconde, vive nas sombras dos segredos e se revela agora livre e límpido e
ainda assim desconhecido e indecifrável, que surge épico e memorável na montada
selvagem, primitiva e alucinada, sei que cheguei lá, sinto o corpo tremulento,
percebo a fraqueza geral, atingi o ponto certo, vejo todo o meu caralho dentro,
engolido, penetrado nessa bunda agora relaxada, minha propriedade, ouço o
sussurro confessional do puto fodido, em meio a intensos gemidos, enquanto ejacula jatos de porra densa, ele murmura:
Macha!