quarta-feira, 28 de março de 2012

Inversão: as sombras dos segredos III.


A montada.

Preliminares, ajustes, prosseguir, ir adiante, fazê-lo gozar, dilatar esse cu oferecido, penetrá-lo, tarefa para quem sabe, para quem gosta, para uma apreciadora da submissão máscula, quero uma entrada completa, exercer minha técnica admirável de faze-los gozar, ejacular e esporrar sem a necessidade de punhetá-los, toco nos seus caralhos para excitá-los, porque gosto também desse contato pulsante, de sentir seu volume crescente, de sentir seu umidecimento indecente, de colocar o indicador sob a glande, o polegar sobre a coroa, apertar, pressionar, mas fazer gozar eu consigo na próstata, contato do meu pau direto, friccionando, repetitivo, sentindo crescer a aflição do outro, percebendo sua perda de controle, o abandono de sua racionalidade, a invasão de sua pura sensibilidade, sua autenticidade total transparecendo, momento divino em que alguns, mais machos se tornam, outros, inadvertidos, assumem e apreciam o relaxamento feminino das possuídas, mas todos, sem exceção, nesse instante a mim pertencem, a mim se entregam, na putaria se integram, gemem, agora sem angústia, sentem a dor desejada, a aflição concentrada, física, que se torna mental, que toma o espírito, que se inicia sutil no anel anal e se espalha solerte e voraz, a um só tempo, por todo o corpo que, fisicamente, sente agora a mente, dominada e aviltada, humilhada como desejado, entregue e submetida à minha majestade perene, Rainha por direito divino, incontestável e dominante, acima do bem e de bem com o mal. perversa e pervertida, libertária e libertadora das sombras que afligem os desejos, dos segredos que escondem sua alma, sou, como sempre fui, a fêmea de todos os machos, a macha de todas as fêmeas, a fodedora e a fodida, ambiguidade permanente, estável e segura aonde você se sente sem chão, plaino, plano, alço voo, levito sobre a burguesia temerosa, escarneço do proletariado moralista, rio das suas éticas, mijo na sua moral, fodam-se seus princípios, penso nisso enquanto penetro, e fodo, enquanto percebo que o momento é o da montada, da posse total, do ato másculo, semi-selvagem e animal, por isso mesmo primal, logo pirmordial, da posse defintiva de que o outro me sinta, dona absoluta e imperial, imperiosa e imperativa, crescente sobre ele cedente, sedenta de seu corpo, já dona de sua mente, poderosa e imaginosa, ergo-me sobre meus pés, saio do contato dos joelhos, arqueio a alavanca da potência, posição correta e dinâmica, pressiono em definitivo, toda força a frente, monto, trepo, fodo definitivamente, sinto que tudo penetra, que meu pau nada mais acrescenta, ouço o gemido gutural, o pedido final, penetro, enfio, meto, fodo, castigo, agrido e submeto, enfio tudo, meu corpo adquire contornos e formas que não conheço, não controlo, algo me domina enquanto eu domino, algo que não me pertence, algo que está na mente, mas que durante o tempo normal mente, se esconde, vive nas sombras dos segredos e se revela agora livre e límpido e ainda assim desconhecido e indecifrável, que surge épico e memorável na montada selvagem, primitiva e alucinada, sei que cheguei lá, sinto o corpo tremulento, percebo a fraqueza geral, atingi o ponto certo, vejo todo o meu caralho dentro, engolido, penetrado nessa bunda agora relaxada, minha propriedade, ouço o sussurro confessional do puto fodido, em meio a intensos gemidos, enquanto ejacula jatos de porra densa, ele murmura: Macha!

sábado, 24 de março de 2012

Inversão: as sombras dos segredos II.


O ajuste.

Passo meu caralho entre as coxas do macho, brinco no saco, entre as bolas, encosto minhas coxas no corpo submisso, contato, tato, arrepios da pele, pelos que se eriçam, sinto ele trêmulo, não ferminizo, aprecio o macho fodido, prefiro assim, o convicto, o experimental, homem mental, ciente dos prazeres do anal, que sente o cu como parte erógena, que sucumbe à minha presença que treme ante a minha potenciam que me aceita como a Macha, a inversora que o tenta, que o excita, que o domina, encosto todo o corpo no dele, deixo-o sentir-me por inteiro, ajusto bem o meu pinto, sinto ele seguro, firme e tesudo, pronto para a ação, percebo ele, minha vitima, meu gostoso, meu puto safado, ansioso, imóvel como deve ficar, semi-deitado no catre, empina levemente os quadrism ensaia um oferecimento, bato-lhe forte na bunda, arrefeço seu ímpeto, subjugo-o, eu domino, sem perdão, sem concessão, levo o caralho à sua boca, brinco, ordeno que lamba, chupe, cuspa, bato ele na cara de puto, cão vadio que vou enrabar, seguro-o pelo rosto, aproximo minha boca de sua boca, a língua sai da minha boca de loba como uma serpente cavilosa, lanço meu veneno numa cusparada, uma lambida que espalha o cuspe humilhante por toda sua cara introdizo o pau na boca dele, rebolo, danço, meto, volto para trás, ajustes finais, encosto na bunda, abroi as nádegas, vejo o cu excitado, começa a piscar, ritmo dos espamos que sinto no pau que agora seguro, sinto, duro e prestimoso, gostoso de pegar, não muito grande, bem desenhado, simétrico, adequado ao empunhar, excito-p, ouço gemidos, crescentes, imponho silêncio, quero isso mais tarde, agora quero ouvir os ruídos silenciosos produzidos pelos eflúvios preliminares, que saem pelo pau duro, que permeiam a minha buceta contida pela cinta, o pluga a ela acoplado que penetra solerte no meu cu, companheiro dessa jornada, pequeno lembrete que aprecio, sinto-o como sentinela de minha feminilidade, como, fodo e gozo no cu, sinto-o todo o tempo, quanto mais acelerom quanto mais me excito, mais meu cu o engole, mais ele me penetra, e me acompanha nessa aventura alucinada, nessa faina desvairada, por meu macho como viado, colocar-me como macho, sentir-me potente, ajusto tudo, o pluga anal, a cinta nas fivelas, o pinto firme e encaixado, meu corpo posicionado, expressão corporal perfeita, miro-me nos tantos espelhos que espalho e que espelham minha imagem transmutada, meu corpo posicionado, apaixono-me por mim, vejo-me bela e triunfante, exibo-me para mim mesma, gestos, poses e trejeitos, saio outra vez de mim, adquiro outra consciência, sou outra de verdade, dupla persona, levito pela câmara de inversão, meu espírito navega pela luz tênue, mortiça e esbranquiçada, que reflete em minha pele branca, realça-a, torna-me ectoplasma de mim mesma, vejo-me, de fora, encostar o corpo no corpo dele, ouço seu gemido de preazer, permito-o agora, aponto o caralho no cu másculo, escarro nele antes de penetrá-lo, forço, pressiono, enfio a cabeça, deslizo macho adentro, som gutural regorgita na garganta, anseio, início dos labores de uma Macha, preâmbulos das dores e prazeres de um submetido, metido, fodido e escravizado, feliz.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Inversão: as sombras dos segredos I


A escolha do macho

Um corpo forte, primordial, excelência sem igual, maior, generoso, sem exageros, porém, nada de meios termos, prazer em ver, potencial voyeur, indicativo certo de submissão, de tesão, no corpo todo, o cu como implemento de todo o nosso perverso pensamento, um pau que fique duro no anal, essencial, ereções longas e sustentáveis, é o principal, eis o macho adequado, arfante, eu triunfante, inicio a escolha, apalpo as coxas, se firmes ótimoas, acaricio a bunda, firme e dura é sempre melhor, porém relaxada é mais interessante, pelos no rego, saco curto, é muito adequado, o pau que se ergue apenas na escolha, esse é o macho, esse me serve, eis que se ergue o falo e fala assim a linguagem falaciosa do sexo voraz, a linguagem fácil do masoquismo, a linguagem complexa da falência da moral burguesa, feliz o macho ingressa nas sombras e nas luzes mortiças que lhe preparo, farei dele um ser realizado, livre dos impedimentos, alheio ás moralidades, em segredo, ainda assim, na penumbra, melhor ainda, será meu, seu corpo, sua mente, seu espírito dormente, liberto quando entro dentro de seu físico, preparo tudo para tanto, tanto o domino que o encanto, possuo-o por completo, totalmente, nada há de maior entrega que ser fodido pela fêmea, Rainha dominante, espetacular mulher triunfante, eu, Mariângela, a comedora dos machos elegantes, daqueles que não hesitam, que não vacilam um instante, que ao me ver exclamam em êxtase sua adoração por mim, pedem minha benesses, elogiam minha virtudes pecaminosas, escolho aquele que, de antemão, sem preparo e sem ensaio, do desconhecido de sua própria alma, das sombras de seus segredos, na penumbra de minha cela de inversão, balbuciam a mágica palavra que me faz decidir fode-lo: Macha. Ajusto então a minha cinta, afivelo-a sentindo a cada furo que aperto a justeza em minhas carnes, o sangue pulsando em minhas veias, a pele clara bem cuidada que reage a agressão do couro bem curtido porem apertado, assim me excito, assim me torno a comedora, inicio o meu processo de licantropia, em loba me transformo, comedora voraz, feroz fêmea caralhuda, coloco as luvas cirúrgicas, ritual espetaculoso, aplico os lubrificantes, enfio-os, dedos que penetram um cú pulsante, que agregam viscosidade e sensibilidade num pau espasmódico, que se ergue ao meu toque, que se recolhe aos meus apertos, que se ergue novamente a cada vez que, vigorosamente, espalho nele a vaselina, preferência da Macha experiente, por todo o corpo do pau ereto, arregaço a glande, exponho-a, aplico nela o lubrificante, espalho numa forte descida até o talo, em torno das bolas, pelo saco, chegando ao rego, no cu deposito toda uma pelota, inicio as ordens explícitas, mando o macho submetido deitar-se no meu catre, ali permanecer quieto e imóvel, à espera de mim, no aguardo do meu pau, na ânsia de minha ação, tiro as luvas, faço ruídos, preparo o meu pau, exibo-o para o vadio, há espelhos pela sala, tanto o excito com minha imagem, como me excito com meus próprios reflexos, vejo-me transformada, loba, licantropa, transtornada, transmutada, mudada, tornada Macha, de caralho em riste, hora dos ajustes finais, bato na bunda do macho, tapas leves, relaxantes, entre as coxas, na parte interna, chamo-o de vadio, de vagabundo, de meu, de filho da puta, em voz baixa, cavilosa, encosto o pau no seu rego, brinco nele, esfrego, sinto-o tenso, seguro-o pelas coxas e inicio, vou penetrá-lo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Cenas do Boudoir IV


Criação insaciável, eu a mim mesma projeto, eu de mim mesma traço os planos, eu me mereço eu me desejo, me excito e me consumo, me basto, sou perfeita, dona de meu corpo, senhora dos meus desejos, autora infindável das formas de satisfazê-los, uso meus sortilégios, aposso-me de meus instrumentos, de meus adereços, arsenal total, sensual instrumental, percorro cada parte de meu corpo com todos eles, cada qual especial, detenho-me na bunda, uso-a agora solta e relaxada, passo no rego um vibrador, detenho-me no cu, aplico o elemento, acelero o instrumento, sinto a resposta involuntária do meu corpo acostumado a tais excitações, vibro mais e sinto mais relaxamento , percebo o cu flexível, lentamente pego um plug, introduzo-o, sinto-o alocar-se, firme, preso pelo gola, experimento, reflexiono, solto e aperto, molho-me, umidade herética, produto do pecado, dos momentos verdadeiros, os únicos em que realmente vivemos, melhor ainda quanto solitariamente, nos conspurcamos a nós mesmas, vagabundas e vadias, putas desmerecidas, infinidade de intimidades, aquelas que só nos proporcionamos a nós mesmas, sem o medo da falha, sem a necessidade do acerto, sem justezas e sem artifícios fáceis, sem fingimentos irreais, o gozo natural, secreto e coloquial, de mim tirada, em mim usada, abusada, insultada e vilipendiada no âmago do meu consciente, nas trevas do meu inconsciente, sinto-me a nervura viciosa entre meu senso viril e minha natureza viral, mulher forte e cavilosa, ambígua no território dos machos, incerta no das mulheres, louvada e desejada entre todos e todas, percorro meu corpo pensando nessa hipótese de sexo, nesse cantar helênico de tempos de outras sexualidades, de tempos em que não se mediam fronteiras, em que não se estabeleciam as moralidades sem sentido, em que o prazer era apenas e tão somente a parte da essência de uma vida e apegada a essa ideia me debato, comigo no meu próprio corpo, saio dele e o assumo, possuo-o e domino, violento-me, abuso de mim mesma, agora lanço uivos, chamo a mim mesma da vagabunda, de cadela filha da puta, abro a bunda, pressiono o plug encaixado e ponho o vibro na buceta, como uma franga assada, coloco-me um espeto, masturbo-me e pressiono o cu, não é uma experiência, sei aonde vou chegar, essas práticas já percorri, viciantes, desejosas, sei aonde vou terminar, acelero o vibro na buceta, qual flor de maio que se abre ao sol, ela recebe o vibro  alucinada, pressiono forte o plug no cu, sinto que chega a hora da agonia, linda, bem vinda, á qual meu corpo corresponde, com tremores, soluços e ganidos de prazer anunciam o orgasmo incomum, característico daquelas que ousam um dia procurar a forma de uma fêmea ejacular, pressão final no cu, liberação da buceta que se lança para a frente, gesto selvagem e sem controle, gostosamente irracional, postura primal, as coxas se abrem, a pélvis se projeta, de minha buceta louca sai um jorro triunfal, jato inaudito, sai prestimoso, inunda o boudoir com seu aroma, cheiro de mim para mim, de meu sexo em mim, me transporta para a vida real enquanto sinto o melar de minha buceta louca.

sábado, 17 de março de 2012

Cenas do Boudoir III


A bunda sonhada da Rainha imaginada, as nádegas redondas, medida certa, nada para tirar, nada a acrescentar, formada em moldes rigorosos, clássicos e bem medidos, trabalhados a cada dia, flexões, musculações, visualidades puras definidas em critérios e juízos, previamente pensados, sem lugar para improvisos, uma bunda magnífica, exibida sempre que possível, delicio-me com ela, quantas vezes não sonhei, quantas vezes no espelho a contemplei, jogo duplo, um espelho contra o outro, inversão da reversão, me excitei a mim mesma desejei, minha curvas explorei, senti-as delineadas, projeto perfeccionista, narcisista e delicado, mas forte e bem temperado, meu rego exposto, meus pelos visíveis, meu cu no meio, perfeito, desenhado e enquadrado no mais puro artifício, teorema racional para o desejo passional, ambigüidade eterna na qual me movimento o tempo todo, vida secreta e discreta, práticas íntimas alucinadas, viciantes e pecaminosas, pervertidas e demoníacas, pactos infernais, começo a sentir a necessidade de gozar, a vontade de me perder, em mim mesma me consumir, sinto meus dedos solertes, espertos instrumentos do prazer, percorrem meu corpo com vida própria, passeiam pelos meus pelos, os cacheiam, produzem pequenos volumes sensuais, tato delicado que sente nos dedos a leve aspereza dessas pequenas manobras manuais, desses pequenos artifícios de excitação, delicados momentos que posso perpetuar pois de mim mesma, do meu corpo e de suas partes, pareço nunca me cansar, sempre nele vou descobrir novos habitáculos de ninfomania, novos ângulos de narcisismo, sempre me admirando, condição única e primordial para me proclamar a Rainha de todos, a fêmea de todo fodedor a fodedora de todos os inversores, a comedora das bucetas oferecidas a fodida de todas as ativas, a cadela dos machos pervertidos. No boudoir me olho, nele me entretenho, olho para seus espelhos, inúmeros, olho minhas imagens, inúmeras como eles, reflexos reversos, enquadramentos sem fim, infinitas imagens de mim, cada qual mostrando a minha perfeição, a minha paixão por meu corpo, o meu tesão permanente, a minha voracidade, a minha ferocidade, a minha angústia e a minha ansiedade por aquilo que ainda não fiz, pelo que não experimentei, louca mente que loucamente planeja e pensa a mente e o pensamento, inventa e reinventa, tenta a ação da tentação, tenta usar a mente que mente como a verdade que a invade, como a buceta que arde, como o cu que se excita, a boca que se abre, a respiração que se acelera, a língua que se projeta boca afora, delineia suspeitosa os lábios dos desejos, como o dedo insinuante que entra e procura o ponto certo, fricciona e me leva ao orgasmo, gozo em meio a sussurros, silêncio para mim mesma, gemidos abafados, carícias nos cabelos, olhos turvados, semicerrados, imagens que perpassam um cérebro visionário, imaginário, não sei o que vejo, não sei o que sinto, mas percebo os fluídos que me invadem qual onda de mar revolto que sobe pela frente de minha buceta, regurgita na areia grossa de uma praia melada, e volta ao meu dedo, real e sensível, levo-o a minha boca, provo de mim mesma, tudo que de mim procede me agrada e lambo, despudoradamente, o que saiu de minha buceta.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Cenas do Boudoir II


A bunda sonhada da Rainha imaginada, as nádegas redondas, medida certa, nada para tirar, nada a acrescentar, formada em moldes rigorosos, clássicos e bem medidos, trabalhados a cada dia, flexões, musculações, visualidades puras definidas em critérios e juízos, previamente pensados, sem lugar para improvisos, uma bunda magnífica, exibida sempre que possível, delicio-me com ela, quantas vezes não sonhei, quantas vezes no espelho a contemplei, jogo duplo, um espelho contra o outro, inversão da reversão, me excitei a mim mesma desejei, minha curvas explorei, senti-as delineadas, projeto perfeccionista, narcisista e delicado, mas forte e bem temperado, meu rego exposto, meus pelos visíveis, meu cu no meio, perfeito, desenhado e enquadrado no mais puro artifício, teorema racional para o desejo passional, ambigüidade eterna na qual me movimento o tempo todo, vida secreta e discreta, práticas íntimas alucinadas, viciantes e pecaminosas, pervertidas e demoníacas, pactos infernais, começo a sentir a necessidade de gozar, a vontade de me perder, em mim mesma me consumir, sinto meus dedos solertes, espertos instrumentos do prazer, percorrem meu corpo com vida própria, passeiam pelos meus pelos, os cacheiam, produzem pequenos volumes sensuais, tato delicado que sente nos dedos a leve aspereza dessas pequenas manobras manuais, desses pequenos artifícios de excitação, delicados momentos que posso perpetuar pois de mim mesma, do meu corpo e de suas parte, pareço nunca me cansar, sempre nele vou descobrir novos habitáculos de ninfomania, novos ângulos de narcisismo, sempre me admirando, condição única e primordial para me proclamar a Rainha de todos, a fêmea de todo fodedor a fodedora de todos os inversores, a comedora das bucetas oferecidas a fodida de todas as ativas, a cadela dos machos pervertidos. No boudoir me olho, nele me entretenho, olho para seus espelhos, inúmeros, olho minhas imagens, inúmeras como eles, reflexos reversos, enquadramentos sem fim, infinitas imagens de mim, cada qual mostrando a minha perfeição, a minha paixão por meu corpo, o meu tesão permanente, a minha voracidade, a minha ferocidade, a minha angústia e a minha ansiedade por aquilo que ainda não fiz, pelo que não experimentei, louca mente que loucamente planeja e pensa a mente e o pensamento, inventa e reinventa, tenta a ação da tentação, tenta usar a mente que mente como a verdade que a invade, como a buceta que arde, como o cu que se excita, a boca que se abre, a respiração que se acelera, a língua que se projeta boca afora, delineia suspeitosa os lábios dos desejos, como o dedo insinuante que entra e procura o ponto certo, fricciona e me leva ao orgasmo, gozo em meio a sussurros, silêncio para mim mesma, gemidos abafados, carícias nos cabelos, olhos turvados, semicerrados, imagens que perpassam um cérebro visionário, imaginário, não sei o que vejo, não sei o que sinto, mas percebo os fluídos que me invadem qual onda de mar revolto que sobe pela frente de minha buceta, regurgita na areia grossa de uma praia melada, e volta ao meu dedo, real e sensível, levo-o a minha boca, provo de mim mesma, tudo que de mim procede me agrada e lambo, despudoradamente, o que saiu de minha buceta.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cenas do Boudoir I


Pedidos inúmeros, admiradores fiéis, intensas paixões, atendo por algum tempo o desejo manifestado de me ver, sem maiores problemas, prazerosa, exibicionista e hedonista, cultuando meu corpo, admirando a mim mesma, sem modéstia e nem vergonha, construo o meu corpo, exibi-lo é simples conseqüência de ser quem sou, de minha ideias, de minha liberdade, de meu libertarismo, de minha libertinagem. Saio por alguns capítulos do picadeiro do meu matadouro, do exibicionismo de minhas taras sagradas, da doce violência que tanto me excita, transfiro-me para mim mesma, ególatra, saciada da própria beleza, feliz com tanta sensualidade, provocante e provocativa, anárquica, enlouquecendo maridos, transtornando suas mulheres, tornando todos amantes de minha mente, dependentes do meu corpo, admiradores de minha buceta, observadores de minha bunda, apreciadores de minhas coxas, dos meus seios, de minha elegância vampiresca, de meus pelos na buceta, de minhas axilas peludas, da penugem que vive em minhas pernas, dos segredos que existem no meu rego, perto do meu cu, que poucos conhecem e tantos anseiam ver, tantos pedem  para com seu imaginismo punhetar, masturbar ou, tão simplesmente, comigo sonhar. Atenderei aos pedidos iniciais, e o farei no meu boudoir, o espaço do matadouro por mim usado no repouso das fainas sádicas, das azafamas masoquistas, da dominação individual, dos meus momentos sublimes, de mim para mim mesma, quando me exibo solitária para o espelho de minha alma, para os olhos que não me vêm, para as mãos que não me tocam, para as bocas que não me beijam nem me chupam, para os caralhos que endurecem por mim, tesudos, que eu chupo nos sonhos dos vadios, para as bucetas que se molham também por mim, que eu lambo na cabeça das cadelas, para todos que chegam ao apogeu do amor solitário, a punheta, a masturbada soberba, o instante em que eu sei, por minha própria experiência, que há um sentimento de abandono, alheamento de si e concentração apenas no caralho, na buceta, no cu, no mamilo eriçado, nos pelos arrepiados, na pele hirsuta, na boca que seca como a da vampira que deseja beber o sangue, como na fome da licantropa dentada que deseja comer a carne da vítima, sentir seu gosto, seu sabor, incorporar na chupada ou na mordida todo o pensamento e os desejos da outra ou do outro, seguir adiante, chegar aos extremos, doce inconsciência em fugaz momento de queda livre pelos precipício dos prazeres solitários, punheta e masturbada, para seus adeptos Onan, entidade masturbática, e para Príamo, seu companheiro da eterna ereção, dedico esses próximos capítulos, para meus e seus admiradores solícitos, solicitantes, vou satisfazê-los, mostrarei o que querem ver, sua Rainha majestosa, atendendo seus íntimos desejos, satisfazendo seus sonhos secretos, meus vadios ordinários, vagabundos, meus putos do caralho, punhetando, como num escandaloso Bukkake sobre mim, me encharcando de porra, ejaculando todos, de uma só vez, sobre meu corpo tremulante, trabalhado e lindo, desejoso e desejado, no boudoir dos sonhos da Rainha Mariangela.

terça-feira, 6 de março de 2012

Cenas de um calabouço VI: sevícias.


Desnuda, apenas as botas, canas altas, apertadas que realçam as coxas, prendem nas beiradas os pequenos excessos que me seduzem nesse corpo gostoso, a atitude submissa, a entrega e a disposição para me satisfazer, o pedido insano pelas sevicias, pelos maus tratos, nesse corpo que admiro e por isso me apraz castigar, eis que ela, digna submissa, adentra a cena e causa frisson, cadela vadia, toda platéia a admira, eu mesma a olho e me comovo, logo me excito, com tanto frescor, tanta simplicidade, elegância na entrega, disponibilidade para a posse, sinto desejos de fodê-la nesse instante, porém antes, a absolvição do castigo, o sofrimento do prazer, o pecado pouco original deve ser antecedido da merecida dor, ansiada por nós duas, expectativa de todos os presentes, a burguesia ignara que não executa, mas admira, a capacidade de duas fêmeas atingirem o Olimpo através de seus corpos, seus gestos, suas bucetas úmidas, seus gritos de prazer e de dor, suas palavras xulas e rompantes, seus desejos secretos revelados, sua liberdade exposta e exibida, libertárias, desconexas, sem sentido e sem objetivo, a não ser completar-se fisicamente, inteira-se mentalmente, estabelecer-se psiquicamente, rir daquilo que a malta burguesa, mais tarde, comentará como loucura, mas que deixará suas bucetas igualmente úmidas e seus caralhos disfarçadamente duros, numa comédia intelectual ou num pastiche pornográfico. A luz agora incide sobre a putinha, ela aparenta a humildade humilhada, a impossibilidade de fugir de mim, da minha autoridade, de minha realeza e grandeza, vestida de Domme exemplar, com minha cane pronta para a ação, olho o corpo generoso, e acaricio a bunda com a ponta do instrumento, sinto um pequeno tremor, provoco as cócegas necessárias, o couro percorre o contorno da bunda, desenha novamente a polpa, encontra pequenas e excitantes imperfeições, pressiona-as e provoco as reações temerosas, ela agora sabe o que virá, aonde virá, marcação do território para o castigo, ansiedade geral, ouve-se, no ar, um leve ruído, vozes nenhumas, quase se escuta a platéia apenas respirar, quando desfiro certeira a chibatada  dolorida, vergasto a pele, surge de imediato a primeira marca vermelha, exclamações de uns, aprovações, gritos abafados de outras, mulheres, que mais se excitam, aplausos abafados, incentivos tímidos, poucos sabem como se portar, como domadora de uma fera, eu a pego pela coleira, percorro o picadeiro iluminado, exibo-a, linda e humilhada, a bunda vergastada, pergunto aos burgueses se é suficiente ou querem ver mais, poucos respondem, mas voz feminina, do fundo, do escuro, anônima, clama por mais, que castigue a vadia, que desmereça a cadela e que a exiba mais e mais. Faço ácido comentário e atendo a demanda da sincera filha da puta, castigo minha menina, com vigor, com vagar, desenhando cada chibatada no ar, aproveitando o efeito luminoso, a luz centrada em sua bunda marcada, os gritos de dor que se misturam com os gemidos de prazer e bato com vigor crescente, abstraio-me dos putos que aplaudem, vejo-me apenas eu e ela, no início, aos poucos, quanto mais castigo mais me vejo apenas e tão somente, concentro-me em mim mesma, saio do meu corpo, êxtase do espírito, vejo a cena de fora de mim, vejo-me soberana, atendendo às súplicas de minha bela menina, castigando-a e assim amando-a, paroxismo do paradoxo, insanidade objetiva, prazer sem limites, de fora do meu corpo e de dentro de minha mente, através de minha alma atinjo um orgasmo que me escurece a vista, turbilhão de fluídos na buceta que sinto contido na calcinha, pelos adereços que estão colados em meu corpo, e, finalmente, da menina castigada, chorosa e gemebunda, porém feliz, me aproximo, tomo-a pelos cabelos, puxo sua cabeça para trás, última violência antes do generoso beijo na boca, da mão que ainda com a cane, acaricia e sente a buceta igualmente úmida, que a masturba até o final e que assim a prostra no chão, gozando e tremendo, fazendo com o corpo gestos e posturas sem referência, obscenos, demoníacos, vampirescos e licantrópicos, possuída pela minha arte e pelo pecado, presa dos prazeres, dominada e sem destino.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Cenas de um calabouço V


Senso sensual, sentido e sensível, sem censura e sem limite, sem rumo e sem razão, um corpo experiente, uma aprendiz incipiente, como uma Rainha aprecia, como uma Macha se delicia, imperiosa uma subjacente a outra, dominante e dependente, locupletam-se medem-se e se transformam em nada mais que prazer, apenas o ato, o domínio, mental, espiritual, corporal por fim, apenas o reflexo da dominância, simplesmente a situação criada, de amplos poderes e de total cessão, de toma e de posse, de entrega e sofreguidão, desejos mútuos atendidos, as taras satisfeitas, uma olha a outra com autoridade a outra corresponde reconhecendo toda a alteridade, ciente de sua insignificância, mas do quanto ela representa, nua agora, corpo de menina, empinada e exibida, me atrai, me satisfaz essa pose, esse modo de se mostrar, sem putarias e sem inocências, menina esperta, sabe que a aprecio, sabe que dela gosto, sabe que quero fodê-la, usar meu caralho nela, em riste, preso na cintura, machobalouçante, alegre em liberdade, pronto para penetrações, desejosa estou de inverter-me, de do outro lado transitar, de ser a Macha de severo olhar, de usar essa moça como um cafetão usa sua puta em seu lupanar, de treiná-la para a vida, de prepará-la para as lides do amor, para as peripécias do sexo, para os sacrifícios da obediência, para as punições da rebeldia, para os prazeres que todas almejamos, mulheres reais, diferentes por isso mesmo, sempre narcisas, o tempo todo ninfômanas, vampiras e licantropas, transformistas e fugazes atrizes de cenas inesquecíveis, capazes de exibicionismos radicais, de atitudes seminais, criativas e doloridas, perversas e pecaminosas, sinto-a, assim como a mim, uma filha dos deleites, uma mulher de desfrutes, uma criatura sem enfeites, mulher desnecessitada de ajustes, cônscia de si e da outra, sem perguntas e sem respostas, sem necessidade de dúvidas, apenas a certeza que surge quando tomo seu corpo, quando a seguro pela bunda, quando a chamo em mim, beijo-lhe a boca, extraio a língua e chupo-a como um caralho, quando encosto e esfrego a buceta na dela, quando ela, sorrateira, ajusta em mim a peça de prazer, fixa na cinta o pau de silicone, olha matreiramente, sorri e o acaricia, nada fala e ainda assim pede p ara ser fodida, para ser usada, xingada e maltratada, sabe que irá sofrer e com isso se compraz, sabe que sei disso e o quanto isso me apraz, conivências e entendimentos mútuos de duas vagabundas que se sabem, que se conhecem pelo cheiro poderiam se dizer, a um só tempo, o quanto podem ser uma de cada uma, macha e fêmea, fodida e fodedora, dona e serva, Rainha, súdita, escrava sem limites que assim, joga comigo o meu jogo, aprecia meu corpo enxuto e maduro, meu físico real, de Rainha imperial, excita-se com o que exibo, aproxima-se oferecida, vejo o corpo juvenil, sei, sinto, nossas bucetas se comunicam, se melam, mananciais de fluídos, meladas, pulsantes, fixo o meu caralho, e então ela dá início ao jogo jogado, sem regras, viciado, sabemos como termina, o importante é como começa, de forma diferente de cada vez, eis que a cadela segura meu pau e, as duas, sabendo seus papéis, iniciam mais uma vez, suas manobras sem fim, seus atos indecentes, falam seus palavrões amorosos, suas fictícias juras de amor eterno, suas brincadeiras felinas, suas palavras ferinas, seus estímulos indecorosos e ela, com ar e pose de inocência, segura firme o meu pau, olha nos meus olhos e pede, solicita e demanda que a possua, que a maltrate, que a leve ao clímax nesse embate, vou fodê-la, putinha safada, vagabunda deliciosa.