Sentir a mijada na pele, quente, visco de urina, minha,
parte de mim que se lança em jato para fora, pela buceta excitada por
pensamentos pervertidos, que tanto me agradam, que me constroem e destroem
prazerosamente, em minha mente, distorcida e alucinada, imaginista, aquela que
pensa e elabora a imagem do pecado, que se compraz com isso, que sente agora a
mijada vindo, em pé, as pernas bem abertas, flui, o mijo sai e escorrega pelas
coxas, molha a bunda, como água de riacho busca as frestas, penetra-as, molha,
sinto-a apenas quente, diferente, localizada, a pele que se arrepia na passagem
delicada, na molhada sucinta, precisa, pontual, cada poro que se arrepia,
libero, solto o mijo, retenho-o, controlo, brinco com ele, sinto a buceta no
controle, sinto as reações no cu, musculatura pélvica que controlo, que uso
para um prazer inaudito, que todas fazemos, mas poucas confessamos, sou assim
despudorada, sou assim alucinada, sou assim talvez tarada, pouco me importa,
misturo o mijo e minha mente goza, loucas atitudes, multisensoriais, tato,
olfato, visual, vejo o escorrimento, ouço, ruído sutil, pinga e escorre mais,
coloco os dedos, abro mais a buceta, prazer indecoroso, sujo, delicado porque
sai de mim para mim, um gozo pleno que se basta e me basta, que me conduz,
solitária, a um mundo sem dependências, a um mundo libertário, a uma sensação
de descontrole mental que ma atrai, sinto-me fora do padrão, longe da razão,
próxima ao delírio, perto da loucura, quero isso, desejo a transcendência,
imagino o infinito, paradisíaco e enigmático, libero a mijada enfim, leve
tremor no corpo, que todos conhecemos, corre pela espinha, passagem pela
buceta, sinto o cu frouxo, liberado, delicioso, peido enquanto o mijo corre
todo e se derrama pelas coxas, corre pelas pernas e espalha-se pelo chão, junto
dos meus pés. delícia sem igual que poucas admitem, eu gosto.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Perversão I
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Exibição IV
Repentina, me viro, de costas agora, ergo a buceta, alteio
os quadris, a mão esperta se dirige ao ponto certo, tateia, sente o frescor
quente da buceta excitada, molhada, úmida, que se movimenta por si, como animal
marinho em água profunda, como um organismo que se contrai, se dilata, suga e
expele, executa suas funções orgiásticas e sensuais sem comando, instintiva,
que se descobre viva e potente, que predomina sobre a mente, que nunca, jamais,
em nenhuma hipótese mente, quando sente entrar adentro um cacete poderoso, um
pau locupletante, duro e rijo, de cabeça proeminente, de corpo venoso e
pulsante, ritmo cardíaco acelerante, crescente a sem temor, justo nos seu tremores,
infinito em seus espasmos, lembranças que minha mão agora esclarece, torna
outras vez visíveis e sensíveis, dedos que tateiam, buscam e acham o grelo
túmido e voraz, massagens circulares rodeiam cercam e conduzem os prazeres
orgásticos e voluptuosos de mentes criativas, das fantasias infindáveis, das
propostas indecorosas, dos pecados sem remissão, das perdões indesejados, que
nunca foram pedidos, pois se sabem perdidos, perdição ardorosa e sem
arrependimento, perversões divinas porque permitidas, incentivas pela dádiva de
um corpo bem feito, que me atrai e me apaixona, ninfômana que pelo próprio
físico se enamora, narcisa que do reflexo de si faz a razão de vida, discípula
mental de Caravaggio, autora de si e de seu retrato, insatisfeita com o
espelho, produz a si mesma todos os dias, masturbando-se, os olhos fechados, um
universo próprio e alucinado no qual jorram fontes e cascatas de porra e de
gozo santificado pelo mais puro dos prazeres permitido a todos os humanos.
Toco-me, masturbo-me, grito, proclamo aos céus minha insanidade, a ele dedico
minha buceta enquanto esgoto meus fluídos para fora dela.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Exibição III
Deitada, de bruços, revolvo a cama convidativa, os lençóis
que cheiram a mim mesma, ainda sinto o odor do sexo da noite, ainda rescendo ao
suor dos labores da transa, da trepada insana, das chupadas e das babas
interativas, das massagens feitas com as pontas dos dedos sobre superfícies nem
humanas, das cravadas de unhas, tal qual poderosas garras ou ferramentas
cortantes sobre a pele macia dos machos e fêmeas dominados ou dominantes, sinto
o ardor que o pau duro e rijo me causou pelo reto adentro, sinto o pulsar do
caralho transfixiante que se ajustou aos poucos ao meu próprio bater cardíaco,
acelerando, pulando pela boca a fora e pela buceta adentro, todo o meu corpo
que se transmutou em loba, licantropa que me transformo, nos dentes que se
aguçam, nos pelos do corpo que se tornam hirsutos, na mente que se obscurece da
razão e resplandece de prazer e tesão, eis como me sinto pela manhã de um dia
depois de fodas inenarráveis, de prazeres inconfessáveis, de gozos múltiplos e
sem destino, de desvarios sem limite, de libertação total, liberdade,
libertando a libertária, anárquica e poderosa, banhada de inteligência e esperma,
esporrada por livre escolha, ejaculada por todos os buracos de um corpo
predisposto ao irracional, perfeita nos perfumes sexuais, nas lambida
infernais, nas esfregadas mortais, nas estocadas fortes, no fundo do cu, na
base do útero, dentro da garganta, tudo terminando nos jatos festivos e
espasmódicos, no mar de porra que me
inunda e liberta das amarras burguesas e dos limites torpes e indecentes dos
princípios em que tentaram me limitar, e eis que, despudorada, me viro na cama,
tudo recordo, nada esqueço, mas tudo aprendo, começo, com a mão célere e ágil a
me masturbar enquanto mostro, como todos gostam, os pelos que se confundem na
zona erógena delicada que vai do meu louco cú até a minha alucinada buceta que
começa agora a se encharcar de fluídos gratificantes, do meu gozo, do meu
prazer.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Exibição II
Indolência indolor, preguiça afável, solidão escolhida,
tempo para mim mesma, para admirar-me e me gostar, para sonhar a
impossibilidade real de comer a mim mesma, ser minha Macha e minha fêmea a um só
tempo, delírio pernóstico de quem se julga bela e criativa, atitude de mulher
que se sabe, não apenas diferente, mas, acima de tudo, insuperável nas artes da
foda e do domínio, daquela que se conhece incontrolável e descontrolada quando
se deita numa cama, junta, acompanhada ou só, que sabe usufruir dos dotes e dos
predicados de seu corpo, dádiva gentil da Natureza, presente de Deuses se
houvessem, entusiasmo-me comigo, sinto-me possuída, sinto-me dona de mim,
exerço até sobre mim mesma o autoritarismo que a tantos e tantas agrada e a outros
amedronta, sei que me observam, sei que as sessões de exibição são secretas,
nem eu me dou a conhecer e nem me permito saber quem me observa, quem se excita
com a visão dionisíaca do meu corpo em ação solitária, da mostra que faço de
minha bunda, do meu rego, a visão do meu cu e de minha buceta, meneio o corpo,
sei que agrado, rebolo, movo-me qual serpente embriagada, tateio, sinto nos
dedos a textura das coisas, refluo para meu corpo, apalpo-me, toco-me, lanço olhares
através das mascaras, lanço a língua para fora da boca, comprida, atlética,
musculada, preparada e adestrada para fazer a delícia do gênero humano, ouço os
murmúrios dos espectadores que agora adentraram, que invadem a minha solidão,
que me admiram e me pagam para este espetáculo indecente, comentários e sussurros,
alguns gemidos, farfalhar de roupas que indicam toques mútuos entre
circunstantes do prazer, daquela secretos pervertidos, que se realizam em mim,
na minha visão de fêmea dominante e, ao mesmo tempo, de mulher insaciável,
desempenho o meu número sem problemas, reflexo do que realmente sou, viro-me,
abro as pernas, ergo os quadris, visão magnífica bem sei, de todo o meu
potencial sexual, sem meios termos, sob a tênue luz programada de meu palco
especial, prossigo, etapa seguinte, mais exibições, precedências para um final
feliz e esperado, logo me masturbarei, logo os excitarei, logo os dominarei.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Exibição I
Corpo tratado, preparado, pose estudada, finalmente de novo
volto a me expor, exibir, como no início deste blog, caminhada tranquila,
trabalhosa e prazerosa, mostro outra vez meus predicados, sem terceiras
intenções, pois me locupleto nas segundas, fotografo, olhos os resultados,
discuto com minha fotografa, fazemos outras, estudo as luzes que incidem sobre
o meu corpo, quero realces, quero omissões, quero meu corpo visto, desejado,
almejado, quero excitar as fêmeas, quero enlouquecer os machos, quero tirar os
duvidosos de seu esconderijo, quero tirar os seguros de suas certezas, quero
conduzir todos ao pecado, à insanidade dos desejos alucinados, quero ser a
vampira que chupa a alma das mulheres pela buceta, dos homens pelos caralhos,
quero fluidos de ambos, quero beber e engolir os sucos do sexo, os líquidos das
paixões, no compasso e no ritmo de punhetas ligeiras, de masturbadas precisas,
se toques acetinados, de dedos que massageiam peles delicadas, das mãos que se
impõem através dos dedos que punhetam, que penetram, que levam todos ao
exorcismo de suas taras, a revelá-las, a pronunciar seus nomes, a dar seu corpo
em honra e homenagem a Sade, aos espíritos cadentes, aos decaídos de todo, aos
condenados ao prazer, aos eleitos das sombras, aqueles que não podem confessar
pois ninguém e nenhuma força os perdoaria, portanto não pedem perdão,
transformam-se apenas no que são, vampiras, lobisomens, licantrópicos seres
fodedores e fodidos, possuídos e possuidores, loucas almas galantes, guerreiras
walkyrias de paraísos secretos, que, como eu, agora se oferecem à visão de
todos, se comprazem nos prazeres de seus espectadores, e por isso preparo e
produzo a minha imagem voraz, o meu corpo sedento de toques e prazeres.
Exibo-me. Satisfeita. Realizada.
sábado, 4 de agosto de 2012
Absoluta IV
Macho ordenhado, esgotado, sem porra, entregue e feliz,
exausto, saboroso, devorado, por mim a antropófaga licantropa, vampira
alucinada, apreciadora de caralhos e saboreadora dos espermas, levei-o aonde
queria, ao universo irracional, ao paraíso da intuição, ao sentido dos sem
sentidos, à volúpia do prazer sem transtornos e sem culpas, longe da
sexualidade burguesa e da esposa ridícula, eu sem caráter, sem moral e sem
família, sem propriedade e sem ordem, anárquica e libertária, dona do meu
corpo, dona do meu espírito, possuidora do corpo, da mente e do tesão de tudo e
de todos, das fêmeas dependentes, as torno minhas e assim as liberto, dos
machos limitados, eu os uso, fodo e descarto, e assim também os torno livres,
deixo o meu macho esporrado, melado, tremulento ainda das diversas ejaculadas,
das esporradas fartas, dos sucessivos jatos de esperma desferidos, lançados ao
ar em loucas punhetas, em duras ordenhadas, em pisões lamurientos e
iconoclastas, em entregas voluptuosas, agora que o esgotei, que acabei com sua
potência, ainda vejo esse caralho duro, porém dominado, vou finalizá-lo, ritual
de domínio, resta-me humilha-lo, piso em seu peito, uso a sola, forço o salto,
marco a pele, machuco, firo, aperto e belisco o mamilo, machuco-o de leve,
cravo as unhas na carne macia enquanto cuspo na cara do macho inerme,
satisfeito e realizado em sua sina de entrega, em seu potencial inverso, de
dominado convicto, como todo macho o é, e ele arfa, resfolega como um garanhão
domado, olha para a Dona, murmura agradecimentos, gosta dos sofrimentos,
amansado o meu cavalo de raça, pauzudo, gostoso, meu puto do caralho.
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