Sucessivas suspensões e surras controladas, dores que
espalho e dissemino nesse corpo amável que me é ofertado, uso e abuso dessa
vagabunda, deixo-a cansada, prostrada, libero-a finalmente da maior parte das
amarras que fantasiosamente a submetem a mim, sua Rainha onipotente,
impenitente e grandiosa, que agora, excitada e tesuda, prepara-se para o
generoso final, para a penetrada sem piedade, ansiada pela vagabunda,
solicitada por gestos, por murmúrios e palavras, incentivos dos quais não
necessito, mas dos quais me satisfaço e locupleto, visto então meu potente
caralho, o maior da coleção, baloiçante em minha cinta, gosto de usa-lo pois
seu desequilíbrio natural me propicia gostosas sensações entre as coxas, nas
polpas de minha bunda, no meu cu também quando as correias que o sustentam se
esforçam para equilibra-lo, em riste, falo imperial, imperativo das machas,
característico das tresloucadas Rainhas, bipolares como eu, em todos os
sentidos, mentais, psíquicos e sexuais, lobas incontidas, licantropas lunáticas
que aguçam dentes, rilham-nos uns contras os outros. soltam as presas mortais,
eriçam os pelos, das axilas, das bucetas, sentem a penugem das pernas eriçadas,
a pele que se arrepia, a transformação em outra coisa, inumana, mais potente,
outra espécie, superior em muitos sentidos, sem piedade, livre e incontida,
pura satisfação de taras, completa assunção dos poderes pedidos e concedidos
pelos princípios das sombras, pelos segredos da escuridão, típico daqueles que
cerram os olhos para o real e ousam imaginar o prazer, que gostam de se
aproximar do gozo infinito, das divindades ninfômanas, das verdades
naricisicas, daquelas que se adoram a si mesmas, que se admiram nos reflexos de
suas atividades obscuras, que se enxergam como sacerdotisas da sensualidade,
nuas, cruas e imperativas, donas de si e de quem submetem, e esta agora que
assim situo, jogo-a no chão, ato-lhe os pulsos, mero formalismo, sinto-a
relaxada e feliz, afasto suas pernas, deixo a bunda bem solta, tapas gentis
nesse glúteos amorosos, dedos que percorrem o rego, que se detêm no cu, que
excitam a buceta, que sentem os fluidos melados, que provo logo em minha na
boca e, em seguida, ajusto o caralho outra vez, firmo as fivelas, vou fode-la,
finaliza-la como fêmea que é, como Macha que me assumo, transformo-me,
transfiguro-me, inverto a mim mesma, sinto o pinto como meu, duro, tesudo, ato
final de satisfação para esta devotada serva, submissa sem igual, violentada
por mim, fodida e dominada, minha mulher submetida.
domingo, 11 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Shibari II
Ultrapassar alguns limites, preferência de mulheres ousadas,
concordância entre dominante e dominada, acordo mútuo necessário aos prazeres
inusitados, nunca sentidos, fundamento de mentes tresloucadas que vêm em sua
arte a razão de sua persistência, não de sua existência pois seus hábitos e
taras fazem a amável fronteira com a dor e a morte, extremos perigosos, desejados
porque nunca antes por outras ou por si mesmas experimentados, caminhos
tortuosos e sofridos e por isso mesmo prazerosos, sem motivos racionais, sem
razão utilitária, sem sentido humano, momentos de êxtase, necessidade de ser
outra, Domme, Rainha, porque não Deusa, poderosa e ilimitada, iluminada por
aquilo que para outros são trevas, mergulho nos meus sonhos, acordo dentro
deles extremada e inigualável mulher dominadora, outra vez eu teço os fortes
nós em duras cordas em torno desse corpo gostoso, vou adiante, exagero,
contorço-o em amarras perigosas, quase o destronco, puxo, abro-lhe as pernas,
exponho a buceta, vislumbro o cu entre as polpas da bunda deliciosa, brinco em
ambos, meu chicote passeia e acaricia, entra e sai safadamente, safada mente que
arquiteta tais manias, tarada sou, sinto o gozo entre as pernas enquanto a faço
delirar com minhas artimanhas, mihas artes e minhas manhas, controlo as cordas,
alargo o vão entre suas coxas, ela grita alto, sofre, não pede salvaguarda,
prossigo, tortura-a em meio aos meus prazeres, ela sofre imersa neles, nossos
sentidos se confundem , sinto a dor que ela sente ao sentir que ela sente o
prazer que agora sinto, nossos corpos não se juntam, desnecessário ato nessa
deliciosa experiência, nossas mentes se aproximam, tornam-se uma só, ambas
gememos, ambas gritamos, palavrões e xingamentos ecoam no ar pesado, escuro,
nossas vistas se turvam outra vez, só vemos uma a outra, chicoteio-a, ato final
derradeira tortura infernal que lhe aplico enquanto gozamos juntas num
turbilhão de fluidos que agora nos escorrem pelos poros, derramam-se pelas
nossas bucetas, melam nossos corpos, uso-a, abuso-a, encosto meu corpo no dela,
sinto-a em frêmitos, tremores e angústias femininas que reagem à minha macheza
repentina, encosto a buceta nela, ajo como se fosse um pinto, meto, encoxo-a e
fodo esse corpo suspenso e balouçante, imponho-lhe um ritmo cadenciado e
ascendente, semelhante a uma metida de foda intensa, domino-a totalmente,
possuo-a, me integro nesse corpo que desejo, voamos como fadas do mal,
valquírias sexuadas, vampiras ignaras, licantropas ferozes, nos mordemos,
machucamos, lambemos as feridas, bebemos sangue, fluídos e babas, cuspimos e
vertemos todos os líquidos que um corpo pode gerar, fodemos e gozamos, cada
qual a seu modo possuindo tudo o que a outra pode dar.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Shibari I
Cordas preparadas, tensas mesmo quando ainda não usadas,
adequadas ao corpo da fêmea, imobilizada, submetida a meus
imperiais desígnios, imperativa e autoritária herdeira feminina da técnica
masculina de potentes samurais, de machos convictos, dominadores incansáveis,
para quem a submissão era um ato final de indelével agonia e que para mim se
aproxima do prazer, gozo e morte, prazeres do abandono, letargia indecorosa,
submissão indecente, vergonha e amor, ódio e circunstância, mistura de
sentimentos, características assumidas da mulheres dubitantes, machafêmea como eu
que aprecia um corpo belo, seja de que gênero for, ama igualmente um caralho
duro tanto quanto uma buceta pulsante e oferecida, ambos triunfantes, bem
usados e preparados no físico tenso de quem se submete, e assim, inicio o
trespasse artístico das cordas no corpo da mulher apreciada, planejada em minha
mente, executada por minhas mãos, guerreiras e hábeis a um só tempo,
manipulando as tensões e os nós fortes e arredondados nas exatas zonas erógenas
desse corpo generoso que a mim se apresenta, entre as coxas ponto inicial,
primeiras voltas e nó primordial, situado no ponto exato em que cu e buceta se
identificam, aonde as coxas inevitavelmente sentirão a pressão do duro nó que agora
executo, e sigo com as duas pontas da corda por esse corpo afora, que no meu
mundo se transmuta, geografia inusitada, topografia erótica, topologia de pura
sensualidade, sinto-a, a dona desse corpo que agora torno minha propriedade,
sofrer e gozar com tantas dores e tensões que como poucas sei infligir, levo ao
seu corpo e também a sua mente as dores e os temores, os prazeres e sofrimentos, que só eleitas como nós sabem desfrutar, ato-a, amarro-a, não se move, apenas
murmura e geme, e identifico nesses sons guturais que se formam no ar, a
partir se sua boca, mas que se estruturam em sua mente, os pedidos alucinados
por mais, mais, mais, apertos atrozes, marcas que se acentuam na pele delicada,
dobras inexistentes que se formam nesse corpo magnífico de que me apodero,
completo nós sucessivos, junto a buceta, tirantes cruéis de cruas cordas que
segmentam as tetas de mamilos eriçados de tesão, nós poderosos que se tornam
corrediços quando eu assim o desejo e que percorrem partes desse corpo
excitando-o como se uma mão áspera o fizesse ou uma língua dura e forte tal
caminho fizesse ou um caralho duro e convicto, macho e potente tal papel
desempenhasse, levo-a ao limite, sinto-a no extremo quando aplico o nó final e
a jogo aos meus pés, no chão, amarrada e gemebunda, feliz e sofredora,
submetida a mim, Rainha, ela sentindo-se minha posse, jogada ao chão como uma
porca amarrada, pronta para ser sacrificada. Minha alma escurece junto com
minha vista que nada mais percebe senão esse corpo magnífico, transformado por
mim e por meus indecorosos desejos em puro prazer, obra de arte primorosa,
rigorosa e simétrica, perfeita geometria de domínio e submissão.
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