Três dias ininterruptos, meus rapazes de costume, clientes,
ricos e charmosos, na Villa do Amor Secreto, nas férias de suas famílias,
mulheres, filhos e filhas ao longe, liberdade, libertinagem, anarquia, eles
podem agora ser o que querem ser, eles podem agora ser o que eu quiser que
sejam, eu a Rainha Magnífica, o objeto de seus desejos, a sua musa sexual,
puta, macha, amiga, amante, acima de tudo a sua confidente, mais do que outra
coisa, sua cúmplice, aquela capaz de levá-los aos prazeres que não conhecem,
que apenas imaginam, às posições de cama que nunca pensaram existir.
Eu lhes ensinei tudo o que sei, eu os adestrei para o meu próprio prazer, eu lhes
ensinei que o meu prazer é lhes dar prazer, e que o prazer deles é o meu
prazer, eu cobro caro desses rapazes porque eu valho o que me pagam, cada dólar
faturado é um prazer infernal que nunca pensaram ter com suas fêmeas medíocres,
pelas quais eles criam esse falso respeito que impede machos burgueses de serem
o que devem ser e assim eu inicio três dias de delírio, nos quais fodemos até à
exaustão, nos quais perdemos a conta de tantos
quantos orgasmos e ejaculações acontecem, nos quais mal paramos para
comer, beber, dormir, nos quais só paramos à beira do desmaio, próximos ao
colapso, sem nenhum bom senso, apenas interessados em caralhos duros, bucetas
penetradas, cu arreganhado, penetrações, chupadas e chupões, dedadas e
cusparadas, a porra que se derrama pelos corpos, o gozo que é bebido como
néctar, os mijos sorvidos como como champagne, a champagne que é bebida nos
corpos tremulentos, na minha buceta escorrida e peluda, nos pintos duros deles,
babados e túmidos, gostoso de chupar, deliciosos de sentir entrando corpo
adentro, maravilhosos quando são batidos no meu corpo excitado, magníficos
quando por mim punhetados, quando jorram porra para cima, quando lançam o sêmen
para o ar, e depois esfregam-nos na minha cara de puta, aos palavrões.
Soam altos os xingamentos mútuos, destratos recíprocos, tapas, maltratos e beijos, calores
corporais intensos, sem fim, suores fatais, estocadas carnívoras que me
aplicam, mordidas canibalescas que respondo, gritos, uivos e gemidos, nos
animalizamos, me entram atrás, conpensam na frente, rolamos aos estertores em
mares de prazeres, regados a porra e gozo, babas e cuspes, todos os fluídos
possíveis de nossos corpos insatisfeitos, dos desejos e imaginações de nossas
mentes criativas e sem limites, fodemos como loucos, eu dou, tudo, me arde o
cu, é gostosa a sensação de frescor quando o caralho é retirado, é adorável a
sensação de preenchimento no inevitável e ansiado retorno, que se sucedem sem
parar até me inundarem buceta e cu ao mesmo tempo, até eu sentir, como cadela,
cachorra vagabunda, o meu orgasmo mais forte, que prenuncia o meu vício
proprietário e único, uma sequência inevitável que me levará à total perda de
razão, ao enlouquecimento que tanto os agrada, eu me deixo levar, fico louca e
gozo aos esguichos para gáudio deles que se sentem machos.
Então, minha exigência final, meu preço inegociável,
estabelecido desde sempre, que eles cumprem com gosto, aquilo que eu mais
desejo ver, o amor entre eles, incentivado pela Rainha, as chupadas, o domínio
de um pelo outro, quando prevalece um como comedor sobre o outro fodido. E
deliro vendo seus belos corpos se encaixarem, vendo um pau penetrando na bunda
do outro enquanto o pinto deste se ergue como mastro majestoso, como símbolo
maior de minha realização sexual. Eu os domino em dias repletos de cheiros,
aromas, gosmas, grudes, suores, putarias, vulgaridades e indecência, acima de
tudo, dias de furor.