Gozo o prazer de te sentir, próxima a mim, e te escutar.
Quando percebo prazer, num doce e safado sorriso seu,
transpiro.
Nem Deuses, mesmo felizes, o podem igualar.
Então entre nós corre uma chama sutil de veia em veia,
Que se espalha pela minha e pela sua carne suave e bem fodida.
E nessa troca forte e bruta, ainda doce que minh’alma enleia
Eu sinto, áspera e vibrante, minha própria voz emudecida.
Nuvens densas, mas penetráveis enevoam meu olhar,
Mas nada mais ouço, vejo ou sinto, pois caio num langor
supremo;
E afogueada, resfolego como égua, perdida e febril sem ar,
Enquanto o frêmito me abala e pela buceta quase morro,
eu tremo.