Como Narciso se mirava em águas reflexivas,
Uso a câmera para meus momentos de paixão,
Desenfreada por mim mesma, cheia de taras vivas,
Por meu corpo, indiscreto, cheio de volúpia e tesão.
Exibo-me para mim mesma, ninfômana fascinada,
Por ser vista, cultuada e desejada, despertando caralhos,
Umedecendo bucetas, deixando sua boca tensa e salivada,
Me focando como deusa, Rainha e puta de bandalhos.
Sinto tênue o fio da tanga que me repuxa,
Que penetra provocante no meu rego,
Excitando-me a buceta como uma bruxa.
E fotografo-me como insana egocêntrica,
Afogando-me em vaidade e tanto apego,
A este corpo de forma perfeita e volumétrica.