terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Favorito

Aquele a quem concessões são feitas, o macho adequado, do corpo adrede preparado, cuidado, medido e estipulado, cada músculo, cada pelo, cada pedaço de pele, preparado como um reprodutor, selecionado, testado e aprovado. Físico. Dobrado, educado, submetido, aprendendo o prazer de dar prazer, intelectualmente trabalhado, habituado ao bom gosto, à apreciação das coisas raras, das coisas finas. Mente. Meu macho Emílio, o homem sem perguntas, o que comigo acorda e em tudo concorda, o que se levanta antes e me aguarda preparado, o caralho em riste, nada me pergunta, apenas oferece, exibe sempre o belo corpo, mostra-me permanente o pau duro, deus priápico, competência total em levantar e manter esse pinto perfeito em ereção, à minha disposição. Peito largo, braços fortes, potentes, coxas musculosas, pernas ágeis, pelos pelo corpo, justa medida, quase veludo quando desliza sobre mim, pubianos fartos, sinto-os na bunda quando me encoxa, quando me fode por trás, excito-me, leve lixa sensual que aplaina minha pele arrepiada, que deixam os meus pelos hirsutos, quando em loba licantropa e devoradora me transformo, quando o como alucinadamente, quando, nas aparências, posso até matá-lo de possessão, quando o mordo furiosa, quando o machuco, quando seu sangue surge tênue entre meus dentes, quando então ele reage, e em animal de transmuta, sob efeito de minhas mordidas, contagiado em fera se apresenta, me enfrenta, luta e, mais forte, por isso favorito o defini, me possui e me transfixia, luta e domina minha licantropia, atravessa-me, não com as armas mortais do caçadores de imortais como eu, mas com as armas corporais e mentais, as únicas que permitem a um macho sobreviver a minha majestade. Sinto então seu corpo sobre o meu, suas mãos fortes, uma na minha garganta, forte, asfixiante, aperta e me submete, me reduz, também me seduz; outra mão entre minhas coxas, abre-as, forçada, sinto-a na buceta, cedo, não resisto, sinto que a mão célere ajusta o pinto duro, descobre a glande, prepara uma entrada, triunfal, heróica, revolucionária a cada vez que me penetra, a buceta úmida, preparada, o pau melado, lubrificado, desliza, ameaças, brinca, a mão que me sufoca, permanece, a outra acaricia agora a minha boca, chupo e lambo os dedos oferecidos enquanto o caralho duro entra totalmente e inicia seu trabalho, suas lides, magníficas, sinto minhas pernas levantadas, sinto os ombros de meu reprodutor sob minhas pernas, sinto a estocada magna, percebo que tudo se transforma, sinto a proximidade do orgasmo, sei que ele sabe que eu sinto, sinto dedos no meu rego, excitam agora o meu cu, ele sabe que gosto, e sabe fazer e sabe me sufocar, justa medida das coisas, proximidade da morte, meu fôlego se esvai, confiança total e absoluta nesse macho sem igual , ele prossegue, mete forte, estocadas profundas, lentas, num tempo contínuo e sem limite, que me levam a lugar nenhum, meu espírito desaparece, minha alma se desvanece, torno-me apenas meu corpo e meu corpo torna-se, sem ar, apenas a minha buceta, pois nesse instante tudo se mela, sinto a vista escura, começo a jorrar justamente quando ele, o macho perspicaz, percebendo a iminência do prazer, alivia a mão que me sufoca, deixa entrar golfadas de ar que expelem meus fluídos aos espasmos, enlouqueço, lanço, de loba, um longo e sentido uivo, um delicioso gemido, um grito lancinante que rompe a noite, que celebra a minha agonia, ejaculo e me sinto mulher vadia, que sente o pulsar já sem ritmo do caralho que a penetra e enche sua buceta de porra, ejaculando, esporrando, gozando, corre entre as pernas, no rego e na bunda. Macho, favorito.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Punheta

Sexo elementar, original, antigo e erógeno, Onan consagrado, punheta, saudades de sensações simples de sentidos básicos, sentir-me outra vez a fêmea que pega, empolga, envolve, usa e abusa de um bonito caralho a seu dispor, de um macho contumaz, convicto de entregar-se capaz, aos meus caprichos, às minhas vontades, servil, serviçal, disponível e eficaz, portador de pinto bem feito, simétrico, harmonias estruturadas, linhas de construção visíveis, daqueles paus enamoráveis, rijos, eretos quando excitados que, no entanto, pulsam, obedientes, ao ritmo do coração latente, bombando sangue ardente, enchendo cavidades, inundando espaços vasculares, exercício permanente de punheteiros e masturbadoras tresaloucadas, assim me sinto, assim me penso, assim me enquadro, segurando o pinto de Emilio, sempre preparado, sempre alerta, o escoteiro do sexo, meu pinto à disposição, meu macho que tantas vezes cafetino, apenas para ver esse belo espécime sobre outra mulher, acabando com seu fôlego, levando-a ao paroxismo, orgasmos sucessivos, multipolos, compatíveis com esse membro perfeito que agora vou desfrutar, empunhando-o com firmeza, apertando ao friccionar, expondo a coroa, exibindo a cabeça, brilhante, sedutora, tentadora para uma mulher sagaz, aquela que, como eu, percebe o sem limite possível de tão puro caralho, de tão perfeita geometria corporal, por mim escolhido, selecionado, por tantas cobiçado, para pouquíssimas concedido, Emilio, meu favorito, dono do mais belo caralho que conheço, que punheto livremente, sentindo a essência desse gesto, a pureza desse ato, a perfeição em tão simples proceder, a gênese do tesão, o toque inicial, seguro e certificante, algo que nunca deixa dúvidas, sentir na mão o pulsar, apertar, saber que ele sente o possuir, saber que ele sabe que me pertence, saber que ele sabe que eu sei que ele se compraz com isso, saber que ele sabe que eu sei que ter prazer no pinto dele é saber que o domino, meu lindo macho que agora se excita, se contorce, proibido de me tocar, subordinado aos meus gestos, obediente a todas as minhas taras, submisso a minhas manias, sorri quando olho seus olhos, vejo pela máscara de submissão, enquanto sinto que seu pau cresce, entra em deliciosos movimentos autônomos, incontrolados, sobe quando fricciono, endurece, desce pulsando quando o deixo no abandono, pulsando no ritmo, sinto-o, tomo a pulsação, regulo a pressão, fricciono mais, punheto e elogio, xingo, afirmo barbaridades, digo hipocrisias, clamo que esse pau é bendito, que pertence aos deuses, que é digno de adoração, afirmo que vou cortá-lo e guardá-lo eternamente duro, perene, perpétuo, priápico, que dançarei sobre ele, que o comerei, chuparei e que finalmente o farei meu, ambigüidade total, dele me aposso enquanto o punheto, agora aceleradamente, sinto espasmos, que não tem mais volta nem controle, sinto que sobrevém a porra, começa a fluir, sair pela coroa, primeiras e rápidas gotas, ouço gemidos, palavras obscenas, olho, Emílio, lindo, em êxtase, projeta a língua tesa para fora da boca retesada, provoca-me, tem esse direito, por favorito, retruco, acelero a punheta, levo-o ao espasmo final, um jato de projeta, ejacula, esporra, inunda minha mão, sinto o visco quente e acabo a punheta, cedendo à tentação, chupo a língua do macho enquanto ele se esvai em esperma, derrama o leite que ordenho em toda profusão.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Meus lindos rapazes

Uma pausa nas ações, um momento de entrega, uma dose de feminilidade apenas, deixar de ser Rainha por algumas horas, sentir a posse do outro lado, dupla, usar meus lindos rapazes, deixá-los à vontade, admirar seus lindos caralhos, sua potência extremada, sua competência em me fazer feliz, duplas penetrações, chupadas duplas, dois pintos belos, um de cada lado, manipulo-os, roço um no outro, excito-os, emboco um e chupo enquanto seguro firme o outro, punhetando, inverto, delicia de glande inchada e envernizada, minha língua passa por baixo, junto ao prepúcio, leve toque e sinto no macho o estremecimento de prazer, lambo até o saco, sinto as bolas, chupo uma, inverto outra vez, sinto que nos dois a excitação cresce, ordeno que se beijem macho a macho, boca, língua, enquanto emboco e lambo os dois de uma só vez, seguro suas bolas, acaricio os sacos retesados curtos pelo endurecimento dos falos, magníficos, chupo as chapeletas duras, adoro-os sendo viados, percebo que se osculam, se acariciam, cedem ao sexo voraz, imperativo absoluto, se gostam e se apreciam, vejo-os de baixo, dois machos deliciosos em seu momento homossexual, lindos e indefesos, a meu sabor, a meu dispor, às minhas ordens e desejos, punheto os dois caralhos ao mesmo tempo enquanto olho o belo beijo masculino, de um na boca do outro, segurando as cabeças, no momento em que me ergo e a três bocas iniciamos novos movimentos, três línguas ágeis e capciosas, meu corpo que se insinua entre os outros, pressões laterais, agora os ordeno como machos, seus caralhos endurecidos lançados, absolutos e majestosos contra o meu corpo em plena ação, louca excitação, sinto mãos que me tocam, minha bunda aberta, dedos no meu rego, toques na buceta, um dedo que se enfia, linguada infernal que me delicia, eles se liberam, possuem-me, tornam-se sua própria natureza, vorazes lobos, impiedosos morcegos, mordem, chupam e penetram, permito, torno-me posse, não me defendo, ao contrário, tudo entrego, monto sobre um dos pintos duros, sinto o outro a tocar-me atrás, seguro na mão, apontado no meu cu, peço cusparada natural lubrificante anal, sinto a escarrada, começo a gozar na buceta enquanto a pica magnífica entra-me por trás, coordenamos os corpos por instinto, movimentos ritmados, palavrões ecoam pelo espaço, minha fábrica de prazer, meu matadouro de tesão, em ação suicida, mato-me de paixão, anseio pela morte orgásmica, prensada entre meus machos, agora penetrada, duplamente, imagino que seus paus se encontrem dentro de mim, rebolo amaldiçoada, em víbora me transformo, mordo, lanço meu veneno, cuspo, escorre pela minha boca, baba sexual, arfando atinjo o orgasmo que consigo prolongar, sinto que os dois paus estão a ponto, relaxo, gozo, lanço ao ar meu uivo licantrópico, suficiente, entusiasmo os dois, os pintos de retesam, entram em espasmos e me erguem agora, triunfante, outra vez a Rainha, conduzida ao altar dos prazeres, gozando e derramando tudo pelas coxas enquanto as ejaculadas dos rapazes felizes me enchem de porra transbordante, os três gemendo uníssonos, uma torrente de fluidos nos inundando, delicioso escurecimento da visão, despertar nas luzes mortiças dos paraísos que regem minha sexualidade insaciável. Os dois me deitam finalmente, batem seus cacetes ainda duros e esporrados no meu corpo, sentido de posse masculino, deitada sinto no meu corpo esse doce prazer másculo, permito a eles, hoje, esse prazer, entrego-me, me faz feliz ve-los assim. Belos e bravos rapazes. Meus. Sempre.