quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Perversão II


Sentir a mijada na pele, quente, visco de urina, minha, parte de mim que se lança em jato para fora, pela buceta excitada por pensamentos pervertidos, que tanto me agradam, que me constroem e destroem prazerosamente, em minha mente, distorcida e alucinada, imaginista, aquela que pensa e elabora a imagem do pecado, que se compraz com isso, que sente agora a mijada vindo, em pé, as pernas bem abertas, flui, o mijo sai e escorrega pelas coxas, molha a bunda, como água de riacho busca as frestas, penetra-as, molha, sinto-a apenas quente, diferente, localizada, a pele que se arrepia na passagem delicada, na molhada sucinta, precisa, pontual, cada poro que se arrepia, libero, solto o mijo, retenho-o, controlo, brinco com ele, sinto a buceta no controle, sinto as reações no cu, musculatura pélvica que controlo, que uso para um prazer inaudito, que todas fazemos, mas poucas confessamos, sou assim despudorada, sou assim alucinada, sou assim talvez tarada, pouco me importa, misturo o mijo e minha mente goza, loucas atitudes, multisensoriais, tato, olfato, visual, vejo o escorrimento, ouço, ruído sutil, pinga e escorre mais, coloco os dedos, abro mais a buceta, prazer indecoroso, sujo, delicado porque sai de mim para mim, um gozo pleno que se basta e me basta, que me conduz, solitária, a um mundo sem dependências, a um mundo libertário, a uma sensação de descontrole mental que ma atrai, sinto-me fora do padrão, longe da razão, próxima ao delírio, perto da loucura, quero isso, desejo a transcendência, imagino o infinito, paradisíaco e enigmático, libero a mijada enfim, leve tremor no corpo, que todos conhecemos, corre pela espinha, passagem pela buceta, sinto o cu frouxo, liberado, delicioso, peido enquanto o mijo corre todo e se derrama pelas coxas, corre pelas pernas e espalha-se pelo chão, junto dos meus pés. delícia sem igual que poucas admitem, eu gosto.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Perversão I


Fisiologia elementar, mijar, soltar o líquido de dentro do corpo, buscar em todas as formas de ser e viver um prazer inesperado, uma forma diferente de experimentar o corpo e os sentidos, um deleite próprio, de si em si, bastante, suficiente para mentes degeneradas, de generosas atitudes que disponibilizam um corpo e uma mente incapaz de para si mesma negar o que se pode ter como gozo, aquilo que para outros parece a insanidade e para mim se assemelha tanto a verdade, no momento em que abro as coxas, mostro a buceta, alargo-a divertidamente com uma das mãos, abro-a, arreganho e deixo fluir de dentro de mim a coisa mais simples que existe no corpo, a mijada fugaz, quente e licorosa, levemente colorida, com aromas de perfumes acres e secos, provocantes, fragrâncias que perfumistas não ousam, odores que nas penumbras excitam, quando os dedos pressurosos percorrem a fonte e os levamos ao nariz, sentimos nosso cheiro, ou nos iluminados banheiros, aonde solitárias damos vazão a nossos ímpetos e taras, mijamos despudoradamente enquanto olhamos sofregamente para nossas bucetas se moventes, que adquirem a própria vida também nesses momentos, além daqueles dos turbilhões de gozos e orgasmos, a mijada, ato simples de consenso entre meu corpo e a natureza, tornada ato de dissenso entre minha mente a e sociedade burguesa, hipócrita e subserviente, ignorante dos prazeres, submetida a ritos condenatórios, impossibilitada de sentir os prazeres, simples e complexos, elementares e trabalhosos, capada e castrada no que pode ter de criativa, ostento a buceta mijada, exibo-a, provoco, abro as coxas, mijo, derramo, rego, rebolo e espalho a urina por todos os lados, molho, sinto-a correr entre as coxas, nas dobras da polpa da bunda, pinga, goteja, me inebria, quente e escorregadia, desce pelas pernas, junta-se à poça que já está no chão, minha mente fervilha, mijando juntos num mar de espumas, poetas o proclamaram outrora, num tempo moderno, sábio Oswald, meu guia, mijo e gozo com você, espalhando meu líquido pelo mundo, perfumando a burguesia falsamente recatada.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Exibição IV


Repentina, me viro, de costas agora, ergo a buceta, alteio os quadris, a mão esperta se dirige ao ponto certo, tateia, sente o frescor quente da buceta excitada, molhada, úmida, que se movimenta por si, como animal marinho em água profunda, como um organismo que se contrai, se dilata, suga e expele, executa suas funções orgiásticas e sensuais sem comando, instintiva, que se descobre viva e potente, que predomina sobre a mente, que nunca, jamais, em nenhuma hipótese mente, quando sente entrar adentro um cacete poderoso, um pau locupletante, duro e rijo, de cabeça proeminente, de corpo venoso e pulsante, ritmo cardíaco acelerante, crescente a sem temor, justo nos seu tremores, infinito em seus espasmos, lembranças que minha mão agora esclarece, torna outras vez visíveis e sensíveis, dedos que tateiam, buscam e acham o grelo túmido e voraz, massagens circulares rodeiam cercam e conduzem os prazeres orgásticos e voluptuosos de mentes criativas, das fantasias infindáveis, das propostas indecorosas, dos pecados sem remissão, das perdões indesejados, que nunca foram pedidos, pois se sabem perdidos, perdição ardorosa e sem arrependimento, perversões divinas porque permitidas, incentivas pela dádiva de um corpo bem feito, que me atrai e me apaixona, ninfômana que pelo próprio físico se enamora, narcisa que do reflexo de si faz a razão de vida, discípula mental de Caravaggio, autora de si e de seu retrato, insatisfeita com o espelho, produz a si mesma todos os dias, masturbando-se, os olhos fechados, um universo próprio e alucinado no qual jorram fontes e cascatas de porra e de gozo santificado pelo mais puro dos prazeres permitido a todos os humanos. Toco-me, masturbo-me, grito, proclamo aos céus minha insanidade, a ele dedico minha buceta enquanto esgoto meus fluídos para fora dela.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Exibição III


Deitada, de bruços, revolvo a cama convidativa, os lençóis que cheiram a mim mesma, ainda sinto o odor do sexo da noite, ainda rescendo ao suor dos labores da transa, da trepada insana, das chupadas e das babas interativas, das massagens feitas com as pontas dos dedos sobre superfícies nem humanas, das cravadas de unhas, tal qual poderosas garras ou ferramentas cortantes sobre a pele macia dos machos e fêmeas dominados ou dominantes, sinto o ardor que o pau duro e rijo me causou pelo reto adentro, sinto o pulsar do caralho transfixiante que se ajustou aos poucos ao meu próprio bater cardíaco, acelerando, pulando pela boca a fora e pela buceta adentro, todo o meu corpo que se transmutou em loba, licantropa que me transformo, nos dentes que se aguçam, nos pelos do corpo que se tornam hirsutos, na mente que se obscurece da razão e resplandece de prazer e tesão, eis como me sinto pela manhã de um dia depois de fodas inenarráveis, de prazeres inconfessáveis, de gozos múltiplos e sem destino, de desvarios sem limite, de libertação total, liberdade, libertando a libertária, anárquica e poderosa, banhada de inteligência e esperma, esporrada por livre escolha, ejaculada por todos os buracos de um corpo predisposto ao irracional, perfeita nos perfumes sexuais, nas lambida infernais, nas esfregadas mortais, nas estocadas fortes, no fundo do cu, na base do útero, dentro da garganta, tudo terminando nos jatos festivos e espasmódicos,  no mar de porra que me inunda e liberta das amarras burguesas e dos limites torpes e indecentes dos princípios em que tentaram me limitar, e eis que, despudorada, me viro na cama, tudo recordo, nada esqueço, mas tudo aprendo, começo, com a mão célere e ágil a me masturbar enquanto mostro, como todos gostam, os pelos que se confundem na zona erógena delicada que vai do meu louco cú até a minha alucinada buceta que começa agora a se encharcar de fluídos gratificantes, do meu gozo, do meu prazer.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Exibição II


Indolência indolor, preguiça afável, solidão escolhida, tempo para mim mesma, para admirar-me e me gostar, para sonhar a impossibilidade real de comer a mim mesma, ser minha Macha e minha fêmea a um só tempo, delírio pernóstico de quem se julga bela e criativa, atitude de mulher que se sabe, não apenas diferente, mas, acima de tudo, insuperável nas artes da foda e do domínio, daquela que se conhece incontrolável e descontrolada quando se deita numa cama, junta, acompanhada ou só, que sabe usufruir dos dotes e dos predicados de seu corpo, dádiva gentil da Natureza, presente de Deuses se houvessem, entusiasmo-me comigo, sinto-me possuída, sinto-me dona de mim, exerço até sobre mim mesma o autoritarismo que a tantos e tantas agrada e a outros amedronta, sei que me observam, sei que as sessões de exibição são secretas, nem eu me dou a conhecer e nem me permito saber quem me observa, quem se excita com a visão dionisíaca do meu corpo em ação solitária, da mostra que faço de minha bunda, do meu rego, a visão do meu cu e de minha buceta, meneio o corpo, sei que agrado, rebolo, movo-me qual serpente embriagada, tateio, sinto nos dedos a textura das coisas, refluo para meu corpo, apalpo-me, toco-me, lanço olhares através das mascaras, lanço a língua para fora da boca, comprida, atlética, musculada, preparada e adestrada para fazer a delícia do gênero humano, ouço os murmúrios dos espectadores que agora adentraram, que invadem a minha solidão, que me admiram e me pagam para este espetáculo indecente, comentários e sussurros, alguns gemidos, farfalhar de roupas que indicam toques mútuos entre circunstantes do prazer, daquela secretos pervertidos, que se realizam em mim, na minha visão de fêmea dominante e, ao mesmo tempo, de mulher insaciável, desempenho o meu número sem problemas, reflexo do que realmente sou, viro-me, abro as pernas, ergo os quadris, visão magnífica bem sei, de todo o meu potencial sexual, sem meios termos, sob a tênue luz programada de meu palco especial, prossigo, etapa seguinte, mais exibições, precedências para um final feliz e esperado, logo me masturbarei, logo os excitarei, logo os dominarei.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Exibição I


Corpo tratado, preparado, pose estudada, finalmente de novo volto a me expor, exibir, como no início deste blog, caminhada tranquila, trabalhosa e prazerosa, mostro outra vez meus predicados, sem terceiras intenções, pois me locupleto nas segundas, fotografo, olhos os resultados, discuto com minha fotografa, fazemos outras, estudo as luzes que incidem sobre o meu corpo, quero realces, quero omissões, quero meu corpo visto, desejado, almejado, quero excitar as fêmeas, quero enlouquecer os machos, quero tirar os duvidosos de seu esconderijo, quero tirar os seguros de suas certezas, quero conduzir todos ao pecado, à insanidade dos desejos alucinados, quero ser a vampira que chupa a alma das mulheres pela buceta, dos homens pelos caralhos, quero fluidos de ambos, quero beber e engolir os sucos do sexo, os líquidos das paixões, no compasso e no ritmo de punhetas ligeiras, de masturbadas precisas, se toques acetinados, de dedos que massageiam peles delicadas, das mãos que se impõem através dos dedos que punhetam, que penetram, que levam todos ao exorcismo de suas taras, a revelá-las, a pronunciar seus nomes, a dar seu corpo em honra e homenagem a Sade, aos espíritos cadentes, aos decaídos de todo, aos condenados ao prazer, aos eleitos das sombras, aqueles que não podem confessar pois ninguém e nenhuma força os perdoaria, portanto não pedem perdão, transformam-se apenas no que são, vampiras, lobisomens, licantrópicos seres fodedores e fodidos, possuídos e possuidores, loucas almas galantes, guerreiras walkyrias de paraísos secretos, que, como eu, agora se oferecem à visão de todos, se comprazem nos prazeres de seus espectadores, e por isso preparo e produzo a minha imagem voraz, o meu corpo sedento de toques e prazeres. Exibo-me. Satisfeita. Realizada.

sábado, 4 de agosto de 2012

Absoluta IV


Macho ordenhado, esgotado, sem porra, entregue e feliz, exausto, saboroso, devorado, por mim a antropófaga licantropa, vampira alucinada, apreciadora de caralhos e saboreadora dos espermas, levei-o aonde queria, ao universo irracional, ao paraíso da intuição, ao sentido dos sem sentidos, à volúpia do prazer sem transtornos e sem culpas, longe da sexualidade burguesa e da esposa ridícula, eu sem caráter, sem moral e sem família, sem propriedade e sem ordem, anárquica e libertária, dona do meu corpo, dona do meu espírito, possuidora do corpo, da mente e do tesão de tudo e de todos, das fêmeas dependentes, as torno minhas e assim as liberto, dos machos limitados, eu os uso, fodo e descarto, e assim também os torno livres, deixo o meu macho esporrado, melado, tremulento ainda das diversas ejaculadas, das esporradas fartas, dos sucessivos jatos de esperma desferidos, lançados ao ar em loucas punhetas, em duras ordenhadas, em pisões lamurientos e iconoclastas, em entregas voluptuosas, agora que o esgotei, que acabei com sua potência, ainda vejo esse caralho duro, porém dominado, vou finalizá-lo, ritual de domínio, resta-me humilha-lo, piso em seu peito, uso a sola, forço o salto, marco a pele, machuco, firo, aperto e belisco o mamilo, machuco-o de leve, cravo as unhas na carne macia enquanto cuspo na cara do macho inerme, satisfeito e realizado em sua sina de entrega, em seu potencial inverso, de dominado convicto, como todo macho o é, e ele arfa, resfolega como um garanhão domado, olha para a Dona, murmura agradecimentos, gosta dos sofrimentos, amansado o meu cavalo de raça, pauzudo, gostoso, meu puto do caralho.