quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Exibição

Outra vez mostro o corpo da Rainha, da onipotente sacerdotisa de Sade, amante fervorosa, dos desvios sexuais, das mentes pecaminosas, dos desejos incontidos, irrefreáveis e diabólicos, vampirescos, sórdidos e inconfessáveis, reprimidos em mim por uma sociedade burguesa, que não desafio aberta, mas subverto em minha vida secreta, mostro-me, para meus homens punheteiros, para minhas mulheres masturbantes, para meus viados, minhas sapatas, para meus iniciantes queridos que me perscrutam o corpo em cada foto, a mente em cada palavra, o espírito em cada postagem, que punhetam loucamente por mim, para todos mostro minhas tetas, para todos exibo minha bunda, para todos dou a buceta, fêmea pura e simples. 
Nesse momento me faço, mulher de todos, pertencendo a qualquer um, mulher de todos os homens, fêmea de todas as fêmeas, professora de todos os iniciantes, comedora de viados, fodida por todos eles, companheira, puta divina, maravilhosa cadela, tudo cedo a todos que me desejam, uso o corpo como minha arma de paixão, como minha faca transpassante que fere fundo a medíocre sexualidade que lhes é dada, contemplem-me e ousem comigo um grito de liberdade, dado pela boca, e que ecoa no cu, nos peidos, na buceta, no mijo, no gozo e nas cusparadas dadas nos pintos esporrados, nas bucetas úmidas, em corpos suados, escorregadios de prazeres, ilimitados nos sonhos realizados.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fantasia - A Deusa

 Mais e mais, exibo-me, sinto-me Senhora, magnífica, Domme, esplêndida, Rainha, soberana, Deusa, onipotente, assim me vejo, assim me adoro, ninfomaníaca, narcisista e autocentrada, autista sexual, anormal? Nunca! Divindades não o são, resido no não passado, no além futuro, habito as mentes secretas de meus admiradores, de meus machos pauzudos, de minhas fêmeas embucetadas, de meus punheteiros queridos, de minhas masturbadoras gostosas, vivo no éter, nos ares perfumados pelas fluídos sexuais, nos odores das porras derramadas, ejaculadas, no cheiro das gozadas, nos pintos melados, nas buceta úmidas, nos cus suados, abertos a dedadas, a linguadas infernais, cusparadas generosas, existo nos sons dos gemidos, nas respirações em falsete, nos palavrões exclamados nas fodas em que surjo no imaginário daqueles que me adoram, nos toques sutis em bucetas, nas esporradas magistrais, nas empunhadas frenéticas dos caralhos, nas lambidas nos sacos e nas linguadas nos grelos. 
Estou em todas a mentes depravadas, em todas as ideias inusitadas, em todas as trepadas que já aconteceram, naquelas que agora ocorrem, naquelas que sucederão, por isso eu vivo, existo e habito suas mentes, por isso eu surjo aonde não me esperam, por isso a cada dia me transformo, me transmuto, mudo, viro, inverto, como, dou, fodo e sou fodida, sou sua graça e seu tormento, sua plenitude e sua ausência, sou sua sexualidade ao infinito, eu satisfaço, eu fodo logo existo. Eu me exibo, porque vocês existem.