quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sessão de Shibari



















































Arte única e definitiva, que aplica a dor e o prazer a um só tempo, tormento físico e prazer psíquico, técnica ancestral, de macho a macho, duvidosa e ambígua, a posso do submisso pelo vitorioso, transformada em forma sexual sem limites de pudor ou de temor, exige ofertório total disponibilidade e vontade, aptidão ao sofrimento a ao gozo, ao prazer de sofrer e ao prazer dominar, técnica acima de tudo visual, imagens infinitas, tempo e espaço dominados num corpo submetido, noções perdidas de dor e de padecimento em outro tempo sem fim de submissão e aceitação, rendição ao inimigo, sua transformação em dominante, sua absorção na dor, o domínio às avessas, a soma de dois que resulta em muito mais do que imagina a nossa vã sensibilidade carnal, o domínio dos espíritos, a possas das mentes, de parte a parte.






quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sessão de exibicionismo


Exibição erótica, sensual e sem pudor, cliente especial e exigente, impecáveis posicionamentos, posses escolhidas entre a sofisticação e a vulgaridade total estímulo de uma platéia pequena, selecionada, encantamento por meu corpo, por minha personalidade incomum, por minha desfaçatez sem pudores, por minhas competências corporais, ensaiadas e exibida apenas em ocasiões e circunstâncias secretas, em lugares seguros, em espaços de liberdade e de tranquilidade garantidas, eu mostro meu corpo envolvido nas vestimentas reais, a abundância das napas raras, dos ajustes de cordoaria, das botas altas, com seus saltos ferinos, perigosos e estimulantes, enfim, todo o emu poder realçado e ressaltado para o prazer e para o gozo dessa platéia de putos e putas que me aplaudem e gritam meu nome, me homenageiam com punhetas e masturbações, com gemidos e gritos, rendidos às minhas seduções.




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Banho e magia






































Banho, a hora em que a Rainha, solitária, aprecia-se, quando sente o próprio corpo como em nenhuma outra circunstância, quando dedos percorrem todos os vãos, desvãos e orifícios do corpo, quando a maciez da pele contrasta com a perfeita fortaleza de uma musculatura preparada para as sessões das técnicas mortais, dos prazeres inconfessáveis, das delícias dos sofrimentos dos anseios pelas dores, das satisfações cruéis, dos orgasmos e das excitações permanentes, agora postas em ato, ação calculada que se desenvolve e ganha vida própria a cada toque a cada roçada de um dedo no cu, na buceta, de uma coxa na outra, hora do rebolar secreto, na frente dos espelhos generosos do banheiro, as pernas semiabertas as masturbadas consecutivas, uma competição consigo mesma, mijadas aliviantes a cada vontade e, finalmente, um gozo infernal, diabólico no qual a própria alma sai em golfadas pela buceta que se contrai e se dilata, expulsando junto com a água do chuveiro todo o gozo do corpo que se esvai pelo ralo afora num rio e num redemoinho, um torvelinho de prazer acompanhado de gritos e sussurros, de palavrões e gemidos, a totalidade de um amor solitário no prazer vivido em si mesma.
 






Retorno da flor

 Lirio, fruto e flor de minhas taras, retorna no início da primavera, exuberante e oferecida como toda flor, mostrando todos os seus atributos, toda a sua potencialidade, toda a sua aparência de flor de pedra, daquelas que surgem aonde não se espera, se desenvolvem até nas adversidades, se afirmam positivamente nas suas ambiguidades, aquelas características das pessoas que, como esta própria Rainha, gostam de estar nas fronteiras, de usar todos os territórios, de exibir todos os seus atributos, de ofertá-los e dividí-los, de dar, de ceder, de se submeter e assim viver plenamente uma existência ampla e sem preconceitos, nos limites do corpo, nos limiares da mente, na plenitude de um espírito que não sabendo aonde se encontra, busca sua realidade em todos os espaços que lhe aparecem. Lírio adorável......




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Sob controle



















































O meu puto favorito para humilhações, o Paulo de sempre, submetido e agora, impedido dos prazeres, restrito, sujeito às minhas vontades, esse corpo vadio, ainda que gostoso, usado e abusado, mas que ainda me apraz castigar, um corpo que me dá gosto mijar, esfregar a buceta, abrir as pernas e roçá-lo, sem permitir-lhe correspondências, sob ordens estritas e não gozar, com o pau trancado em cadeados sutís, que me apraz levar aos limites extremos e ver, finalmente, esse pinto desobediente ejacular indecorosamente, como uma pequena fonte de porra jorrando um prazer contido e proibido, por isso mesmo, mais gostoso, até por saber o castigo que lhe será imposto a seguir por tanto atrevimento que eu, a Rainha poderosa, considero razoável para um ser de mim dependente, esse corpo que tanto me apraz machucar.

Indomavel


Rainha sem limites, sem escrúpulos ou receios, dona de verdades contraditórias, experiente nos trabalhos do sexo, das dores, dos prazeres obtidos de formas inusuais, das posturas comprometidas, dos anseios secretos, das consciências perdidas e burguesas de todos, a Rainha das poses indecentes, das posições que a todos intrigam, das indecências que ofendem as cabeças e os espíritos medíocres, aqueles que se recusam a ver em mim a sua redenção, a sua liberação, a sua própria criação feita através de uma submissão a mim mesma, a si mesmos a todos aqueles que ousam pensar de forma libertária e que gritam por amor a cada oportunidade, indomáveis e insatisfeitos, todos livres e pecadores como a sua Rainha Mariangela.

domingo, 11 de outubro de 2015

Rainha incontestavel


Rainha sem limites, desejosa, ninfomaníaca e por si mesma apaixonada, exibicionista impenitente, pecadora e inspiradora de todos os pecados, dona de todos os seus mais recônditos pensamentos, de todos os seus mais secretos desejos, de todas as suas taras inconfessadas, possuidora de todas os espíritos libertários que por aqui passeiam, que se detêm em minhas imagens, que se identificam em minhas palavras, que se excitam com minhas ideias, que se masturbam comigo, pensando em mim e em minhas técnicas prodigiosas que os transformam em seres livre e gozosos, que ejaculam sobre minha figura que se imaginam capazes de se defrontar comigo, a Rainha Mariangela, incontestável dona de seus desígnios, mestra maior de seus pensamentos criativos, enigma de mim para si mesmos, meus admiradores putos e submisso, o meu alimento de vida, meus punheteiros eloquentes.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Submissão


Paulo o meu submisso de ocasião, puto disponível e sedento da dor e dos sofrimentos que lhe aplico, pede alucinado pela minha chibata, implora loucamente pelas minhas vestes provocantes, encanta-se apenas e tão somente com a minha visualidade majestosa, pede cada vez mais para me servir, pede que lhe conceda, como faço agora, um mínimo de atenção e de crueldade, eu lhe aplico os castigos imerecidos, por isso mesmo os mais excitantes, os mais injustos e impenitentes, Paulo sofre sob minhas ordens, se ajoelha, se humilha, não lhe permito maiores toques nem proximidades, apenas o deixo feliz ao sentir-se próximo ao calor de minha pele, aos odores de meu corpo, ao cheiro do meu gozo que inunda minha buceta quando o faço sofrer tão lindamente.