segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Samurai



Guerreiro vencido pela força da Rainha, entregue ao Shibari infinito, entrelaçado e amarrado em sua própria devoção, por mim, por meu corpo, por minha mente arguta que soube ataca-lo em seus ponto fraco, sua vocação contida, absorvida, retida no recôndito de uma alma brava que agora se entrega aos desejos e às ordens da Rainha potente, incontestável dona de sua alma agora prisioneira de minhas ordens de  minhas vontades, bravo soldado que se transforma em meu joguete, que encontra nisso um prazer e um gosto que não conhecia e não experimentara, agora de farta e se locupleta em minha violência e em minha prevalência insofismável e que confessa nestas palavras a sua extraordinária devoção e servidão por esta dominante inigualável.








Por Teu Prazer, Vivo eu
Por Tua Mão, me Guio

Superior Rainha, entrego-me à Ti em nome da honra de servir-Te.
Nobre Senhora, entrego-me à Ti como entrega-se um rio ao seu curso.
Sagaz Dona, entrego-me à Ti, como um brinquedo dá-se à brincadeira da criança.
Teu é meu corpo.
Tua é minh'alma.
A Ti, pertence minha razão.


sábado, 14 de novembro de 2015

Caminhos ambíguos



Caminhos ambíguos, prazeres ocasionais, prazeres secretos, my wonderfull life, meu puto que me alegra, que a mim se submete, que, quantas vezes, me engana e me fode, que me come quando eu o como, que me excita quando eu o excito, que se entrega quando eu me entrego, que me possui quando o possuo, mútua atração de duas mentes vadias, de dois corpos vagabundos, de uma buceta que quer ser pu, de um cu que quer ser buceta, insanidade criativa, doces sabores de porra e de fluidos, algo entre o esgar, o gemido, o grito e o uivo dos licantropos, aquilo que nos tornamos quando pelos e peles arrepiadas nos excitam quando corpos se esfregam, quando suam deslizam um no outro, quando, finalmente, eu possuo essa curva de corpo traçada em sinuosos cálculos topológicos, quando imagino as curvas de minha língua percorrendo-as em infindável concordância nesses totais prazeres de ocasião.



Lirio outra vez




Alguém que me excita, alguém que me agrada, alguém que me obedece e a mim se submete, alguém que merece minha atenção. e me pede tesão, me pede domínio, algo que lhe concedo, pois parece a fêmea ambígua ou o macho esquivo de todos os sonhos depravados e safados de todos os que somos o que somos, pecaminosos, cruéis e indecentes, conscientes de que em nossos segredos reside a nossa força. porque sabemos que todos são putos como nós, como Lirio, essa doce posse que possuo, que dou a todos que quiserem, que cedo à volúpia de quem queira possuir esse corpo misterioso, esse corpo mistificado e gostoso, pleno de prazeres e pronto para dar todos os sabores para quem o quiser comer.







domingo, 1 de novembro de 2015

Possessão


Mais que a posse, mais que o domínio, mais que a busca da submissão incondicional, impera o prazer, prevalecemos sentido e o prazer de ferir, o prazer da dor, o gosto pela violação da ordem natural dos sexos e dos prazeres burgueses, as contravenções das convenções, as inversões possíveis e as impossíveis, ilimitadas para uma verdadeira Rainha que tem seu puto, Paulo, sempre disponível para experiências e prazeres radicais, sem fim e sem objetivo, atitudes e posturas totalmente sem razão e sentido, nas quais se mergulha conscientemente, mas nas quais se perde, gradualmente, essa mesma consciência, fodas e sessões extraordinárias, nas quais se tem mais medo ao sair do que ao entrar, ambiguidades e temores, tremores, totais e sem fim, um corpo macho que uso e abuso, castigo e acaricio, levo ao paroxismo, conduzo ao inferno de minha mente, agradavelmente doentia, tarada e impiedosa, promovo a catástrofe no sexo, o desastre da moralidade, o fim da ética, mudo a rota da vida, percorro sendas mortais de perigo e gozo, finalizo o macho de forma prosaica, vulgar, bem indecente e safada, a chupada do caralho, o jato de porra na boca, o pinto que pulsa no corpo imobilizado, órgão ereto e duro, única demonstração de vida nesse corpo que possuo e conduzo ao portal do fim e ao infinito do mundo.