Castigos, pedidos insanos para despreparados, doce música
para ouvidos experimentados, para mentes livre, abertas e dispostas ao prazer,
à dor, ao estado de corpo e espírito que conduz aos orgasmos e gozos livres, às
derramas impetuosas de fluidos corporais, muitos insuspeitados, à liberação de
todo um corpo, solto diante de prazeres inusitados, à percepção de que atos
simples significam momentos de delírio quando bem explorados, o dedo enfiado, a
língua bem rija, que penetram cavidades, pelo cu, buceta, boca e outros
orifícios de corpos sempre inexplorados, ávidos de permanentes descobertas, uso
e abuso do meu macho disponível, cliente, amante, cedente, dependente, viciado
em minhas técnicas, viciado em mim, necessitado de mim como de uma droga,
precisa me cheiras, me sentir, me tocar, quer que lhe penetre as veias, circule
por seu sangue, penetre sua mente, possua-o, pede, demanda, implora por meu
caralho penetrante, domino-o, satisfaço-o, reduzo-o à sua posição de submisso e
elevo-o a mais alta condição humana, um ser livre, sem limites que, possuído,
possui a si mesmo, que enrabado e fodido, sente o quanto seu corpo lhe pertence
e eu o fodo, meto no seu cu, bato em seu corpo, chingo-o, ouço seus gemidos,
suas palavras de entrega, suas confissões de submissão, de alguns de afeto e de
outros de amor, tanto faz, eu os domino a todos, prevaleço, Rainha
extraordinária e potente, dominante.
terça-feira, 12 de março de 2013
sábado, 9 de março de 2013
Sessão I
Clientes ansiosos, homens, machos, secretas almas ambíguas,
confrontados com minha mente libertária, anárquica e despudorada, para eles o
prazer é proibido, para mim é alimento vital, aparentemente nos opomos, mas
complementares somos, não existo sem eles, e eles de mim dependem para uma
sobrevida limitada, porém intensa e estimulante, curtos lampejos do que poderia
ser uma vida criativa, brilhante e cheia de gozo, por módicos interesses eu os
satisfaço, doce e brutal, dominante e bela, sei que o sou, aprimoro minhas
técnicas e os mantenho adequados aos seus cotidianos elementares, sem destino e
sem projeto, desentendidos da vida, fugazes momentos de prazer que, até por
proibição, parecem-lhe suficientes e dessa forma admiram-me, adoram-me e elegem-me
como Rainha, incontestável e poderosa, tremem diante de meu corpo bem cuidado,
exultam com o meu pinto magnífico e potente, submetem-se felizes aos meus
desígnios reais e majestáticos, cultuam-me como mereço, marcam comigo as
sessões sublimes, sigilosas, cheias de juras e contratos, tão escondidas como
grandes são os pintos que solicitam, as chibatas que fazem-nos sentir as dores
fortes no caralho duro, nas bolas amarradas e expostas ao meu dispor, nos
momentos de total desespero quando os obrigo a implorar por mim, por minha
atenção propositadamente alheia e auto-centrada, quando examino o meu belo
corpo nos espelhos do meu espaço e ignoro seus corpos, suas coxas fortes, suas
bundas redondas e seus pintos clamantes por punheta, chupada ou buceta ativa, anseio
maior de todos eles, que se comprazem por vezes em observar a submissão do
outro, aguardam reticentes a sua vez, e então tentam bradar aos céus o seu
tesão, tentam ser si mesmos, tardio sentimento que reprimo com enérgicos e
potentes tapas na cara, chutes no saco, apertos nas bolas, disciplina imposta
aos machos que se entregam a mulheres como eu, autoridade imposta a vadios que
a mim demandam tanta impiedade, trato-os como merecem, cruel e cínica, ignoro
até mesmo as salvaguardas, predomino, pontifico, tudo controlo e tudo sei sobre
cada um desses machos que domino, que o mundo comandam no exterior, mas que em
meu espaço nada fazem além de tecer loas em meu louvor, de elogiar as minhas
potencialidades, o meu caralho pressuroso, meus dedos hábeis, minha língua
ágil, minha boca profunda , meu cu ardente e minha buceta onipotente.
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