Favorito
Aquele a quem concessões são feitas, o macho adequado, do corpo adrede preparado, cuidado, medido e estipulado, cada músculo, cada pelo, cada pedaço de pele, preparado como um reprodutor, selecionado, testado e aprovado. Físico. Dobrado, educado, submetido, aprendendo o prazer de dar prazer, intelectualmente trabalhado, habituado ao bom gosto, à apreciação das coisas raras, das coisas finas. Mente. Meu macho Emílio, o homem sem perguntas, o que comigo acorda e em tudo concorda, o que se levanta antes e me aguarda preparado, o caralho em riste, nada me pergunta, apenas oferece, exibe sempre o belo corpo, mostra-me permanente o pau duro, deus priápico, competência total em levantar e manter esse pinto perfeito em ereção, à minha disposição. Peito largo, braços fortes, potentes, coxas musculosas, pernas ágeis, pelos pelo corpo, justa medida, quase veludo quando desliza sobre mim, pubianos fartos, sinto-os na bunda quando me encoxa, quando me fode por trás, excito-me, leve lixa sensual que aplaina minha pele arrepiada, que deixam os meus pelos hirsutos, quando em loba licantropa e devoradora me transformo, quando o como alucinadamente, quando, nas aparências, posso até matá-lo de possessão, quando o mordo furiosa, quando o machuco, quando seu sangue surge tênue entre meus dentes, quando então ele reage, e em animal de transmuta, sob efeito de minhas mordidas, contagiado em fera se apresenta, me enfrenta, luta e, mais forte, por isso favorito o defini, me possui e me transfixia, luta e domina minha licantropia, atravessa-me, não com as armas mortais do caçadores de imortais como eu, mas com as armas corporais e mentais, as únicas que permitem a um macho sobreviver a minha majestade. Sinto então seu corpo sobre o meu, suas mãos fortes, uma na minha garganta, forte, asfixiante, aperta e me submete, me reduz, também me seduz; outra mão entre minhas coxas, abre-as, forçada, sinto-a na buceta, cedo, não resisto, sinto que a mão célere ajusta o pinto duro, descobre a glande, prepara uma entrada, triunfal, heróica, revolucionária a cada vez que me penetra, a buceta úmida, preparada, o pau melado, lubrificado, desliza, ameaças, brinca, a mão que me sufoca, permanece, a outra acaricia agora a minha boca, chupo e lambo os dedos oferecidos enquanto o caralho duro entra totalmente e inicia seu trabalho, suas lides, magníficas, sinto minhas pernas levantadas, sinto os ombros de meu reprodutor sob minhas pernas, sinto a estocada magna, percebo que tudo se transforma, sinto a proximidade do orgasmo, sei que ele sabe que eu sinto, sinto dedos no meu rego, excitam agora o meu cu, ele sabe que gosto, e sabe fazer e sabe me sufocar, justa medida das coisas, proximidade da morte, meu fôlego se esvai, confiança total e absoluta nesse macho sem igual , ele prossegue, mete forte, estocadas profundas, lentas, num tempo contínuo e sem limite, que me levam a lugar nenhum, meu espírito desaparece, minha alma se desvanece, torno-me apenas meu corpo e meu corpo torna-se, sem ar, apenas a minha buceta, pois nesse instante tudo se mela, sinto a vista escura, começo a jorrar justamente quando ele, o macho perspicaz, percebendo a iminência do prazer, alivia a mão que me sufoca, deixa entrar golfadas de ar que expelem meus fluídos aos espasmos, enlouqueço, lanço, de loba, um longo e sentido uivo, um delicioso gemido, um grito lancinante que rompe a noite, que celebra a minha agonia, ejaculo e me sinto mulher vadia, que sente o pulsar já sem ritmo do caralho que a penetra e enche sua buceta de porra, ejaculando, esporrando, gozando, corre entre as pernas, no rego e na bunda. Macho, favorito.
senhora...me perdoe pela falta...prometo agradá-lá da melhor forma....
ResponderExcluirRasgando-me em torrentes lembranças do passado. A tua narrativa se não é minha é compatível ao meu relato, não do mesmo Sujeito, Um tão competente quanto este que te enche de prazeres afoitos que em outrora me foram ofertado de bom grado. Quais tecidos aveludos nós afaga a pele tão perfeito quanto estes inigualavéis.
ResponderExcluirDELICIOSO texto.
Adorei a poesia em cada detalhe do relato, Senhora. Vou continuar lendo seu blog e tenho certeza que só irei gostar cada vez mais. Beijos, Rafa
ResponderExcluirExcelentes os dois novos textos. Escrevo agora recompondo-me do extase.
ResponderExcluirEros Trismegisto.
estou esperando minha história sobre chuva dourada. CHEIRO CALCINHAS
ResponderExcluirCara Senhora,
ResponderExcluirRogo que me tome por seu. Que faça de mim o que bem entender. Que usurpe meu corpo e minha razão em favor de seus caprichos.
Por favor, Senhora, atenda à esse verme que só aos teus pés se torna relevante.