domingo, 4 de maio de 2014

Outro rapaz


Delicioso, corpo imberbe outra vez, magnifico exemplar de machinho indomado, potro bravo e selvagem, ao meu gosto cruel, caçado numa esquina escusa, escura, de estacionamento de shopping, meu curral favorito, daqueles que seguem um olhar lançado aparentemente sem rumo, endereço certo, mato de uma só vez, sem suspeitas de que estava já na minha mira, acredita no acaso, que vai comer uma mulher mais velha porque deu sorte, inocente como eu aprecio, coloco-o no carro, conduzo-o ao matadouro preparado, ele agora tímido, despreparado para a vida real que se lhe anuncia, tranquilizo-o, num único toque eu o faço gozar, toque erótico aprendido com gueixas experientes, e ele ejacula antes, precoce, melhor assim, eu sei, pois alivia as tensões, preparo-o para a segunda, quantas mais aguentar, com a tranquilidade da primeira ejaculada, com o caralho melado que limpo nas mãos, acariciando a chapeleta rosada, um belo pinto, grande para me satisfazer, excelente surpresa, acaricio o cu do safadinho, ele relaxa, gosta, chamo-o de macho, ele fica feliz, enfio o dedo e seu pau se ergue, triunfante, surpreso, mas, evidente, um jovem é sempre punheteiro, costuma manipular o pinto e estimular-se no cu e é o que faço nele, para tranquiliza-lo, e vejo esse caralho novo, sem máculas e poderoso, potente, envernizado e venoso, se erguer em louvor a Priapo, percebo o orgulho do safadinho, o prazer de quem imagina que vai ser meu rei, meu comedor, meu fodedor, então libero também a minha imaginação, lembro-me da juventude, das iniciações, das tensões, anseios e angústias, sinto-me sua mãe, entendo a tara dos incestuosos, o tesão/amor da mãe e o tesão/amor do filho, a proteção e a busca pela confiança, a paixão pelo pinto da própria cria e o conforto filial na buceta materna, sina e destino que se repete a cada rapaz lindo que, nos escuros e escusos desvios desvairados e vazios de decência, plenos de minha mente em decadência, prisioneira de minha de minha alma devassa, nas sombras cinzentas dos estacionamentos secretos de meu espírito, eu caço, abato e como: fodo, sou fodida, lanço minha alma aos prazeres, sem culpa e sem remorso, pois nada mais fiz que louvar Afrodite, afrodisíaca, minha mentora e protetora, deusa e amante da Rainha louca que sou.



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