Cordas preparadas, tensas mesmo quando ainda não usadas,
adequadas ao corpo da fêmea, imobilizada, submetida a meus
imperiais desígnios, imperativa e autoritária herdeira feminina da técnica
masculina de potentes samurais, de machos convictos, dominadores incansáveis,
para quem a submissão era um ato final de indelével agonia e que para mim se
aproxima do prazer, gozo e morte, prazeres do abandono, letargia indecorosa,
submissão indecente, vergonha e amor, ódio e circunstância, mistura de
sentimentos, características assumidas da mulheres dubitantes, machafêmea como eu
que aprecia um corpo belo, seja de que gênero for, ama igualmente um caralho
duro tanto quanto uma buceta pulsante e oferecida, ambos triunfantes, bem
usados e preparados no físico tenso de quem se submete, e assim, inicio o
trespasse artístico das cordas no corpo da mulher apreciada, planejada em minha
mente, executada por minhas mãos, guerreiras e hábeis a um só tempo,
manipulando as tensões e os nós fortes e arredondados nas exatas zonas erógenas
desse corpo generoso que a mim se apresenta, entre as coxas ponto inicial,
primeiras voltas e nó primordial, situado no ponto exato em que cu e buceta se
identificam, aonde as coxas inevitavelmente sentirão a pressão do duro nó que agora
executo, e sigo com as duas pontas da corda por esse corpo afora, que no meu
mundo se transmuta, geografia inusitada, topografia erótica, topologia de pura
sensualidade, sinto-a, a dona desse corpo que agora torno minha propriedade,
sofrer e gozar com tantas dores e tensões que como poucas sei infligir, levo ao
seu corpo e também a sua mente as dores e os temores, os prazeres e sofrimentos, que só eleitas como nós sabem desfrutar, ato-a, amarro-a, não se move, apenas
murmura e geme, e identifico nesses sons guturais que se formam no ar, a
partir se sua boca, mas que se estruturam em sua mente, os pedidos alucinados
por mais, mais, mais, apertos atrozes, marcas que se acentuam na pele delicada,
dobras inexistentes que se formam nesse corpo magnífico de que me apodero,
completo nós sucessivos, junto a buceta, tirantes cruéis de cruas cordas que
segmentam as tetas de mamilos eriçados de tesão, nós poderosos que se tornam
corrediços quando eu assim o desejo e que percorrem partes desse corpo
excitando-o como se uma mão áspera o fizesse ou uma língua dura e forte tal
caminho fizesse ou um caralho duro e convicto, macho e potente tal papel
desempenhasse, levo-a ao limite, sinto-a no extremo quando aplico o nó final e
a jogo aos meus pés, no chão, amarrada e gemebunda, feliz e sofredora,
submetida a mim, Rainha, ela sentindo-se minha posse, jogada ao chão como uma
porca amarrada, pronta para ser sacrificada. Minha alma escurece junto com
minha vista que nada mais percebe senão esse corpo magnífico, transformado por
mim e por meus indecorosos desejos em puro prazer, obra de arte primorosa,
rigorosa e simétrica, perfeita geometria de domínio e submissão.
É uma Arte bela tanto para ser somente apreciada como observadora,quanto deve ser para aqueles que o praticam.
ResponderExcluirE, não tem como deixar de sentir aquela sensação de refrigeração, mesmo que de leve, as imagens sempre me impressiona.
Aquele abraço Menininha.