Ultrapassar alguns limites, preferência de mulheres ousadas,
concordância entre dominante e dominada, acordo mútuo necessário aos prazeres
inusitados, nunca sentidos, fundamento de mentes tresloucadas que vêm em sua
arte a razão de sua persistência, não de sua existência pois seus hábitos e
taras fazem a amável fronteira com a dor e a morte, extremos perigosos, desejados
porque nunca antes por outras ou por si mesmas experimentados, caminhos
tortuosos e sofridos e por isso mesmo prazerosos, sem motivos racionais, sem
razão utilitária, sem sentido humano, momentos de êxtase, necessidade de ser
outra, Domme, Rainha, porque não Deusa, poderosa e ilimitada, iluminada por
aquilo que para outros são trevas, mergulho nos meus sonhos, acordo dentro
deles extremada e inigualável mulher dominadora, outra vez eu teço os fortes
nós em duras cordas em torno desse corpo gostoso, vou adiante, exagero,
contorço-o em amarras perigosas, quase o destronco, puxo, abro-lhe as pernas,
exponho a buceta, vislumbro o cu entre as polpas da bunda deliciosa, brinco em
ambos, meu chicote passeia e acaricia, entra e sai safadamente, safada mente que
arquiteta tais manias, tarada sou, sinto o gozo entre as pernas enquanto a faço
delirar com minhas artimanhas, mihas artes e minhas manhas, controlo as cordas,
alargo o vão entre suas coxas, ela grita alto, sofre, não pede salvaguarda,
prossigo, tortura-a em meio aos meus prazeres, ela sofre imersa neles, nossos
sentidos se confundem , sinto a dor que ela sente ao sentir que ela sente o
prazer que agora sinto, nossos corpos não se juntam, desnecessário ato nessa
deliciosa experiência, nossas mentes se aproximam, tornam-se uma só, ambas
gememos, ambas gritamos, palavrões e xingamentos ecoam no ar pesado, escuro,
nossas vistas se turvam outra vez, só vemos uma a outra, chicoteio-a, ato final
derradeira tortura infernal que lhe aplico enquanto gozamos juntas num
turbilhão de fluidos que agora nos escorrem pelos poros, derramam-se pelas
nossas bucetas, melam nossos corpos, uso-a, abuso-a, encosto meu corpo no dela,
sinto-a em frêmitos, tremores e angústias femininas que reagem à minha macheza
repentina, encosto a buceta nela, ajo como se fosse um pinto, meto, encoxo-a e
fodo esse corpo suspenso e balouçante, imponho-lhe um ritmo cadenciado e
ascendente, semelhante a uma metida de foda intensa, domino-a totalmente,
possuo-a, me integro nesse corpo que desejo, voamos como fadas do mal,
valquírias sexuadas, vampiras ignaras, licantropas ferozes, nos mordemos,
machucamos, lambemos as feridas, bebemos sangue, fluídos e babas, cuspimos e
vertemos todos os líquidos que um corpo pode gerar, fodemos e gozamos, cada
qual a seu modo possuindo tudo o que a outra pode dar.
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