quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Exibicionismo



Meu corpo, uma afirmação perplexa, caibo em mim, fêmea avessa, sempre ambígua, louca desavença, comigo, convivo, uso e me converto, fodedora e fodida, comedora e comida, destino, opção, indiferente, de tudo tiro o que quero, em tudo eu interfiro como penso, descendo de longa linhagem, de mulheres donas de si, mestras do próprio corpo, possuidoras da própria mente, livres para foder, olhar para si e se convencer da própria sexualidade, explorada, apreciada e mostrada, exibicionismo vulgar, na idade, vulgaridade, ainda sou, e sempre, a Rainha reinante, a atrevida amante, derivada das vampiras, aparentada às licantropas, endemoniada, livre pensadora, logo livre pecadora.



Mostro meu corpo, mostro o meu prazer, exibo minha buceta, pelos generosos, encoste neles sua cara, sinta o cheiro do meu corpo, sinta a textura, sinta minha pele, encaixe entre as minhas coxas a sua cara, macho ou fêmea, sinta as minhas umidades, aprecie meus fluídos corporais, faça-me excitada, beba do meu gozo e me dê o seu outro, assim para eu derramar, rebolar e oferecer sexo sem fronteiras, sem limites, idades e preconceitos, sexo permanente para uma mulher pronta para isso eternamente, capaz de viver para si mesma, pronta para masturbar-se e se amar perdidamente, sinto meu manto que me acaricia, delicada seda que me asfixia, gostosas plumas que me roçam a pele, sinto meus pelos sobre superfícies plenas, encostam as sedas do forro em minha bunda, mexo suavemente o corpo para melhor sentir, para melhor me ver, diante do espelho em que me exibo, no qual adentro para amar a mim mesma, dentro do qual transmuto-me em imagem única, universo no qual eu mesma consigo me comer, me foder, me possuir e me submeter a minha mente imaginosa, uso as mãos, na frente uma, atrás a outra, manipulo meu pontos, buceta ardente, afliceta que enlouquece, a bunda acariciada, nas nádegas, indo ao rêgo, leve abertura, um toque no cu, os olhos que se semicerram, a imaginação que trabalha, saio do meu corpo e me observo, apaixono-me de mim, a mim me entrego, danço a dança do prazer, sem música a saber, louca composição de taras e fetiches, de partes de corpos que se interpenetram, se transfixiam, sinto caralhos e bucetas, chupo-os, engulo-as e emboco, deliberadamente deixo o controle de minha mente resolver sutilmente sobre o que fazer do meu corpo exibido.



Sentindo a cada instante o crescente do prazer, um corpo que se curva, se contorce e anuncia o espasmo do orgasmo, prolongo-o, aprecio-o, demoro, recomeço, paro, arfando, respiração acelerada, sinto o sangue nas veias, sinto todo o corpo se dirigindo para a buceta, vazio cerebral, sentimento animal, puro e purificante, ritual sexual, necessário e solitário, corcoveio, sinto-me égua, mula, uma fera, o que queira, suporto então todo o meu tesão, por mim mesma apaixonada, com meu corpo extasiada, exibo-me, mostro-me e me agrado de mim enquanto derramo fluidos pela virilha, gozo sentindo meu cheiro, derramos meus líquidos de mulher, deliciosa gozada, vou aos céus, plano e flano, mostro-me aos deuses das fodas, reino absoluta sobre mim mesma, meu corpo se compraz, minha buceta se satisfaz, lentamente deixo-me deitar, perco aos poucos o prazer, passagem de volta, abandono e posse outra vez, do meu corpo racional, ânimo para sobreviver até a próxima masturbada, até a próxima gozada.

3 comentários:

  1. Maravilhosa, divina Rainha.
    E uma preciosidade...
    Te servir e uma dadiva.
    Linda demais. Assim, nua.
    HdCalcinha

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  2. Que delícia minha macha!
    Maravilhoso texto, e a senhora está cada vez mais gostosa.

    Beijos em seus pés,

    Noivo de tanguinha

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  3. Ai que coisa mais luxuosa essa mulher.

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