Repentina, me viro, de costas agora, ergo a buceta, alteio
os quadris, a mão esperta se dirige ao ponto certo, tateia, sente o frescor
quente da buceta excitada, molhada, úmida, que se movimenta por si, como animal
marinho em água profunda, como um organismo que se contrai, se dilata, suga e
expele, executa suas funções orgiásticas e sensuais sem comando, instintiva,
que se descobre viva e potente, que predomina sobre a mente, que nunca, jamais,
em nenhuma hipótese mente, quando sente entrar adentro um cacete poderoso, um
pau locupletante, duro e rijo, de cabeça proeminente, de corpo venoso e
pulsante, ritmo cardíaco acelerante, crescente a sem temor, justo nos seu tremores,
infinito em seus espasmos, lembranças que minha mão agora esclarece, torna
outras vez visíveis e sensíveis, dedos que tateiam, buscam e acham o grelo
túmido e voraz, massagens circulares rodeiam cercam e conduzem os prazeres
orgásticos e voluptuosos de mentes criativas, das fantasias infindáveis, das
propostas indecorosas, dos pecados sem remissão, das perdões indesejados, que
nunca foram pedidos, pois se sabem perdidos, perdição ardorosa e sem
arrependimento, perversões divinas porque permitidas, incentivas pela dádiva de
um corpo bem feito, que me atrai e me apaixona, ninfômana que pelo próprio
físico se enamora, narcisa que do reflexo de si faz a razão de vida, discípula
mental de Caravaggio, autora de si e de seu retrato, insatisfeita com o
espelho, produz a si mesma todos os dias, masturbando-se, os olhos fechados, um
universo próprio e alucinado no qual jorram fontes e cascatas de porra e de
gozo santificado pelo mais puro dos prazeres permitido a todos os humanos.
Toco-me, masturbo-me, grito, proclamo aos céus minha insanidade, a ele dedico
minha buceta enquanto esgoto meus fluídos para fora dela.
As tuas palavras são uma delicia de ler...masturbeime mal acabei de ler
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