terça-feira, 10 de setembro de 2013

Espelhos

A sós, diante dele, o espelho, estranhos reflexos de meu corpo vampiresco, contrariando a natureza imortal, tarada e sem limites de meu espírito, entusiasmo-me comigo mesma, admiro meu corpo, me masturbo sem limites, apaixono-me por mim mesma, segredo irrevelado, de total conhecimento, no entanto, de uma bela punheta, de uma potente masturbada, aproximo-me dessa superfície que revela e esconde de mim o outro lado, o outro mundo, aonde me transmuto, aonde a minha esquerda se torna direita, aonde os meus pecados se tornam, virtudes, aonde minhas taras se tornam normais, aonde me sinto fora de mim e, ao mesmo tempo, me completo como a fêmea volátil volante, a puta que mora em mim, a mulher desejada até por si mesma, a cadela sem limites, que baba e exclama palavrões quando goza com suas mãos ágeis, que crava forte um dedo no cu quando se excita, que lança adiante, despudorada, a buceta se movente, que come pintos e dedos, línguas, exala cheiros, de sexo, do corpo ardoroso, arfante a ultrajante, inimiga da moralidade, do sentimento burguês de falsa liberdade, exibo-me, para mim mesma, enquanto gozo, comigo mesma, mulher total num momento de inllexão, sexo solitário, gostoso e vulgar, na reflexão que emana do espelho no qual não estou.

Um comentário:

  1. Espelhos deliciosos que refletem a deusa perfeita. Os seios chupados, a barriga lisa, a magresa da femea, as pernas esguias, a buceta cabeluda...vontades que passam pela mente, vontade de meter a lingua no cu da rainha, transforma-la em vadia, deseja-la como cadela e te-la como soberana sempre...vontades...

    jacklenon

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