segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sessão

Clientes ansiosos, homens, machos, secretas almas ambíguas, confrontados com minha mente libertária, anárquica e despudorada, para eles o prazer é proibido, para mim é alimento vital, aparentemente nos opomos, mas complementares somos, não existo sem eles, e eles de mim dependem para uma sobrevida limitada, porém intensa e estimulante, curtos lampejos do que poderia ser uma vida criativa, brilhante e cheia de gozo, por módicos interesses eu os satisfaço, doce e brutal, dominante e bela, sei que o sou, aprimoro minhas técnicas e os mantenho adequados aos seus cotidianos elementares, sem destino e sem projeto, desentendidos da vida, fugazes momentos de prazer que, até por proibição, parecem-lhe suficientes. 
Dessa forma admiram-me, adoram-me e elegem-me como Rainha, incontestável e poderosa, tremem diante de meu corpo bem cuidado, exultam com o meu pinto magnífico e potente, submetem-se felizes aos meus desígnios reais e majestáticos, cultuam-me como mereço, marcam comigo as sessões sublimes, sigilosas, cheias de juras e contratos, tão escondidas como grandes são os pintos que solicitam, as chibatas que fazem-nos sentir as dores fortes no caralho duro, nas bolas amarradas e expostas ao meu dispor, nos momentos de total desespero. 
É quando os obrigo a implorar por mim, por minha atenção propositadamente alheia e auto-centrada, quando examino o meu belo corpo nos espelhos do meu espaço e ignoro seus corpos, suas coxas fortes, suas bundas redondas e seus pintos clamantes por punheta, chupada ou buceta ativa, anseio maior de todos eles, que se comprazem por vezes em observar a submissão do outro, aguardam reticentes a sua vez, e então tentam bradar aos céus o seu tesão, tentam ser si mesmos, tardio sentimento que reprimo com enérgicos e potentes tapas na cara, chutes no saco, apertos nas bolas, disciplina imposta aos machos que se entregam a mulheres como eu, autoridade imposta a vadios que a mim demandam tanta impiedade, trato-os como merecem, cruel e cínica, ignoro até mesmo as salvaguardas, predomino, pontifico, tudo controlo e tudo sei sobre cada um desses machos que domino, que o mundo comandam no exterior, mas que em meu espaço nada fazem além de tecer loas em meu louvor, de elogiar as minhas potencialidades, o meu caralho pressuroso, meus dedos hábeis, minha língua ágil, minha boca profunda , meu cu ardente e minha buceta onipotente, eu os domino a todos, prevaleço, Rainha extraordinária e potente, dominante. Eu enrabo.
Eu fodo, meto no cu desse puto, faço-o meu, ele sente, ele exulta, ele pede sempre mais, torna-se meu brinquedo, eu o satisfaço, no entanto, e ele rebola no meu pinto, ele se sente como deve se sentir um puto, pede mais e mais e eu lhe dou sempre mais, mais do que pede, mais do que pode, mais do que aguenta, mas ele ultrapassa, seus limites, torna-se impertinente, precisa castigo depois de tanto esporrar, depois de tanto gozar, depois de tanto ejacular.
 Faço-o me chupar, obrigo-o a lamber minha buceta, quero gozo, quero molhar sua cara, sua boca, humilha-lo, trata-lo como merece e como gosta, ele resfolega,parece um potro no catre esperando a domadora, zurra, meu animal, meu puto, meu filho da puta que agora me faz chegar ao orgasmo. que retribuo com visões paradisiacas de minha buceta, de minha bunda, de meu cu magnifico, gozando como uma vaca no cio, como uma mula bucetuda e selvagem, como uma cadela exibida

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