quarta-feira, 4 de abril de 2012

Inversão: as sombras dos segredos V.


Inversão: as sombras dos segredos V.


O frango.

Vulgaridade assumida, frango assado, expressão ridícula e, por isso mesmo, excitante, sentir-se vadia e não sentir-se vazia, primeira esporrada, algumas outras em sequencia, fôlego acelerado, momento de variar, hora de ver o puto de frente, de olhar sua boca, de ver seus olhos, de perceber seus mamilos, de fode-lo vendo seu pau crescer, de observar sua vida, seu pulsar, momento mágico da existência, aquele em que o prazer nos domina aquele em que sentimos que em nós só existe o caralho ou a buceta reajusto tudo, viro o canalha de frente, abro suas pernas, exponho-o a mim, delicia-se com isso, exibido, momento de fêmea mesmo em machos empedernidos quando expostos e aos meus olhos inversores, derretem-se como menina ou como putas, porém com intensa feminilidade, momento maior da inversão, que se atinge gradualmente, num movimento crescente, de parte a parte, sinto que algo me invade, que a minha própria feminilidade se evade que ninfômana me assumo, sexomutante sem eira nem beira, um caralho em riste, uma cinta excitante, um plug penetrante, sou nesse instante, um lote de prazer ambulante, sinto-me molhada, a buceta quase ejaculante a pressão no cu é estimulante, ajusto o plug, aperto-o, seguro as pernas do macho ciscunstante, abro-o, meu frango, meu filho da puta safado, momento de vulgaridade amena, fase final do processo, vou conduzi-lo aonde quero aonde ele também quer, de volta ao mundo normal, amplo de vulgaridades, cheio de pecados, repleto de ilicitudes, culpas jesuíticas, condenações luteranas, transgressões burguesas, traições ao espírito livre, descaso com a liberdade, ignorância da libertinagem, territórios conhecidos, volta lenta à realidade profana, às transgressões subalternas, à busca do prazer físico, ao abandono de amplos poderes mentais, ao encontro de realizações carnais, restritas porém prazerosas, enfio o pinto novamente, nesse cu já usado, antes uma alegre lambida, uma brincadeira oral, uma sonora escarrada, espalhada da saliva com os dedos, uma arremetida e consequente metida, o pau desliza fácil , abre o anel anal, desbrava o reto, penetra íntegro e sorrateiro e aloja-se fagueiro dentro do cu brejeiro, rebolo enquanto meto, coisa que apenas fêmeas sabem fazer, seguro o saco do fodido, aperto-o, o pau duro repuxa as bolas, puxo-as para fora, brinco com elas, aliso o caralho na longitude, atinjo, com os dedos a glande em aflição, aperto a coroa, acaricio essa amável chapeleta, observo-a agora em sua simetria, me encanta, uso meu corpo felino e flexível, me curvo e aplico-lhe uma linguada jovial, lambo, beijo essa cabeça, enoluqueço meu animal, enquanto exploro novamente seu cu ofertado, meto todo o meu caralho, recobro minha postura e enfio a toda brida todo o pau dentro do fodido, bato a base da cinta em sua bunda, desaparece dentro dele todo o corpo do falo silicônico, gritos e palavrões invadem o ar que respiramos, enchem esse ar que nos falta, que nossa ansiedade e tesão consomem alucinadamente, meto despudoradamente, xingo, grito, chamo-o outra vez de meu viado, percebo que ele agora me proclama seu macho, sentimos que chegamos ao ponto máximo da inversão, o momento populista, xulo e sem sofisticação, bruto e inconsequente, animalesco, parte essencial do processo, posse e entrega que agora, mais que nunca se realizam, sou macho, comedor, desligo-me de mim, quase sinto que possuo um pau duro, excito-me, o plug se manifesta no meu cu , sinto-me próxima, orgásmica, minha vez, gozo, aperto o pulg no cu, sinto-me escorrendo, melo a base da cinta, minha virilha escorrida, sai de dentro de mimo visco de meu prazer, espalha-se entre nós, fodido e fodedora, invertido e inversora, momento da cumplicidade voraz, da cafagestagem total, da indecência sonhada, do retorno ao mental, próximo da fase final.

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