sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Perversão IV


Outra mijada, descontraída e objetiva, sei o que quero desta, apenas me divirto antes do ato final, da ida ao cálice sagrado, da comunhão do meu fluído comigo mesma, retenho a urina, sinto-a, frêmito na buceta, excita-me, aprendo a gozar sozinha, sem masturbação sequer, um prazer além da mente, transcendente, pelo espírito, como se de mim me desprendesse no momento em que mijo, em que solto, em que sinto a buceta livre, o cu descontraído a bexiga frouxa meu corpo convidativo, imagino ser penetrada nesse momento, pensamento apenas fugaz, farei em outra ocasião, concentro-me na subjetividade que me orienta agora, sem futuro e sem passado, apenas um presente enérgico, forte mijada, que sinto vindo, aproxima-se e deságua buceta afora, lança-se em jato primordial para o universo, para a vida terrena, transformo meu mijo em benção primitiva, em dádiva divina e dele tiro o proveito previsto, sinto seu odor, aroma estimulante, a mão em concha logo abaixo da buceta inicia uma coleta, rebolo e olho, o corpo curvado, a cabeça lançada a frente, vejo formar-se a pequena poça de mijo na minha mão, escorre um pouco entre os dedos, não há preocupações, apenas indubitáveis sintomas de loucura, dessa insanidade em que vivo e me compraz, dessa alucinação que transporto em minha mente e libero, descontrolada, pelo meu corpo todo, uso o corpo, uso a mente, uso tudo o que ela produz na minha frente, fecho bem os dedos, seguro uma boa quantidade de mijo, olho para ele, quente, gostoso, um chá cheiroso produzido dentro de meu corpo, uma infusão de mim pedindo para ser saboreada, mais puro que mais fino chá das ervas indianas, deliciosa e irresistível beberagem, convida-me.

Um comentário:

  1. Delicia minha Rainha linda.
    Vc e td de bom...
    Deliciosamente gostosa.
    Te adoro.
    Vontade de beber tds seus fluidos
    HdCalcinha

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