Antonio Canova (1757 - 1822). Itália. Pauline Bonaparte como a Vênus Vencedora.
Imperial e leviana, secreta meretriz que, canalha, se aprecia,
Imperial e leviana, secreta meretriz que, canalha, se aprecia,
Exibicionista e narcisista, meu
próprio corpo é visão que me sacia.
Acaricio e aliso a pele alva,
arrepio os meus poros no contrapelo,
Excito-me e me masturbo, potente,
indômita em desmazelo.
Imperiosa e sedutora, rápida, em
chupadora de pau eu me transvio,
Peço foda, me ofereço a baixo preço,
mereço machos em meu desvio.
Da pose impávida e serena, clássica,
em plena expressionista me vejo,
Delirando promíscua, em mares de
porra e fluídos de desejo.
Assombrada e assombrosa me
surpreendo, cheia de taras de piranha,
Sem temores, no entanto, prostituo um
corpo belo, treinado na artimanha.
Tudo prometo, tudo dou, mas nada
concedo, pois sou a mulher fatal,
Aquela que, secreta, nunca anônima,
vive na tua mente, feroz e imoral.
Aprecia então meu puto, a minha
insanidade neoclássica e imperial,
Empunha firme esse caralho duro e
venoso, esfrega essa cabeça venial.
Punheta por mim, excita-te me vendo
em pose imperial de fêmea fatídica,
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