Criação insaciável, eu a mim mesma
projeto, eu de mim mesma traço os planos, eu me mereço eu me desejo, me excito
e me consumo, me basto, sou perfeita, dona de meu corpo, senhora dos meus
desejos, autora infindável das formas de satisfazê-los, uso meus sortilégios,
aposso-me de meus instrumentos, de meus adereços, arsenal total, sensual
instrumental, percorro cada parte de meu corpo com todos eles, cada qual
especial, detenho-me na bunda, uso-a agora solta e relaxada, passo no rego um
vibrador, detenho-me no cu, aplico o elemento, acelero o instrumento, sinto a
resposta involuntária do meu corpo acostumado a tais excitações, vibro mais e
sinto mais relaxamento , percebo o cu flexível, lentamente pego um plug,
introduzo-o, sinto-o alocar-se, firme, preso pelo gola, experimento,
reflexiono, solto e aperto, molho-me, umidade herética, produto do pecado, dos
momentos verdadeiros, os únicos em que realmente vivemos, melhor ainda quanto
solitariamente, nos conspurcamos a nós mesmas, vagabundas e vadias, putas desmerecidas,
infinidade de intimidades, aquelas que só nos proporcionamos a nós mesmas, sem
o medo da falha, sem a necessidade do acerto, sem justezas e sem artifícios
fáceis, sem fingimentos irreais, o gozo natural, secreto e coloquial, de mim
tirada, em mim usada, abusada, insultada e vilipendiada no âmago do meu
consciente, nas trevas do meu inconsciente, sinto-me a nervura viciosa entre
meu senso viril e minha natureza viral, mulher forte e cavilosa, ambígua no
território dos machos, incerta no das mulheres, louvada e desejada entre todos
e todas, percorro meu corpo pensando nessa hipótese de sexo, nesse cantar
helênico de tempos de outras sexualidades, de tempos em que não se mediam
fronteiras, em que não se estabeleciam as moralidades sem sentido, em que o
prazer era apenas e tão somente a parte da essência de uma vida e apegada a
essa ideia me debato, comigo no meu próprio corpo, saio dele e o assumo,
possuo-o e domino, violento-me, abuso de mim mesma, agora lanço uivos, chamo a
mim mesma da vagabunda, de cadela filha da puta, abro a bunda, pressiono o plug
encaixado e ponho o vibro na buceta, como uma franga assada, coloco-me um
espeto, masturbo-me e pressiono o cu, não é uma experiência, sei aonde vou
chegar, essas práticas já percorri, viciantes, desejosas, sei aonde vou
terminar, acelero o vibro na buceta, qual flor de maio que se abre ao sol, ela
recebe o vibro alucinada, pressiono
forte o plug no cu, sinto que chega a hora da agonia, linda, bem vinda, á qual
meu corpo corresponde, com tremores, soluços e ganidos de prazer anunciam o
orgasmo incomum, característico daquelas que ousam um dia procurar a forma de
uma fêmea ejacular, pressão final no cu, liberação da buceta que se lança para
a frente, gesto selvagem e sem controle, gostosamente irracional, postura
primal, as coxas se abrem, a pélvis se projeta, de minha buceta louca sai um
jorro triunfal, jato inaudito, sai prestimoso, inunda o boudoir com seu aroma,
cheiro de mim para mim, de meu sexo em mim, me transporta para a vida real
enquanto sinto o melar de minha buceta louca.
Mas esta pegada nos cabelos é de arrepiar.
ResponderExcluirA fêmea no extase de seu tesão solitário, porém entregue de si num prazer que não é permitido dividir.
Beijocas minha menina.