domingo, 14 de outubro de 2012

Vadia VI


Saciadas, porem nunca satisfeitas, já me sabia, mas agora revelei-a também ninfomaníaca, ela com isso se compraz, se sente, finalmente, elevada a mim, igual por um lado, desigual por outro pois submissa permanece, e assim será sempre que eu ordenar, sempre que eu desejar, mas sinto-me feliz e realizada em liberar outra fêmea para mim, portanto para a vida, e ela se sente realizada em me dar o prazer insano, privilégio das loucas e devassas, pecadoras e vadias, que conhecem seus corpos finalmente, sabem aonde tocar e ser tocadas, aprendem a nada temer de outra vadia, tudo aceita, nada oferece, apenas toma para si o que, de fato, lhe pertence, não importando a posição, dominada, dominante, prazer, foder, dar e comer, tudo isso é importante, um audaz aprendizado que essa fêmea consegue completar, mulher realizada e agora constituída, pronta para uma vida real, sem freios e limites, liberada para o gozo, uma nova mente novamente se constrói, libertária, anárquica e impetuosa, sabendo bem o que quer, vou premia-la, amarra-la no cavalete, de quatro, a buceta aberta ainda gozada, vou limpá-la, justo prêmio de uma linguada para uma aluna exemplar, e agacho-me, pressurosa,a boca ávida e a língua ágil, nervosa, lanço-a boca afora, comprida e sinuosa, penetra na buceta macia, massageia-a, ela não resiste, lança outro grito primal, chora, ri, roda os olhos, abre a boca e se descontrola, de soslaio vejo que sai baba de sua boca, escorre, cai no chão, incentivo total, chupo-a, vou leva-la ao exorcismo, vou tirar os deuses de hipocrisia finais que ainda restam nesse corpo gostoso, fazê-la gozar na boca da macha, mijar se não resistir, quero tudo em minha cara, quero que ela perca qualquer resquício de vergonha, qualquer vestígio de pudor, e lanço a língua pela buceta da puta, ajudo a entrada com os dedos, masturbo-a duplamente, ela grita outra vez e solta tudo, sinto uma profusão de líquidos, delicadas infusão, um chá divino que bebo inebriada, já não sei mais se mijo ou gozo, indiferente sei que ela goza, sei que se libera, pois se molha loucamente ao mesmo tempo em que proclama sua submissão e todo seu amor por mim, mulher conquistada, seduzida, possuída, mais uma fêmea que adquiro, mais uma mente que coleciono, mais um espírito que controlo enquanto permaneço com a língua dentro da buceta que se dilata e se contrai, qual uma água viva alucinada, na medida em que expulsa de dentro de si os líquidos que me deleitam que constroem e fortificam a minha alma de mulher completa.

domingo, 7 de outubro de 2012

Vadia V


Ainda nas cordas, sem descanso ajusto o caralho, penetrada aguda, direta, aproveitando as lubrificações naturais, até o fim, súbita e definitiva, mortal, desejada e aprovada pelo uivo primal que ouço deleitada e que me excita a prosseguir em meus orgasmos sucessivos, descontrolados, que tomam todo o meu corpo e se transmitem, perpassam e transpassam o corpo da vagabunda, da burguesa tornada puta, que agora sabe o significado real da palavra foda, que se realiza plenamente e que murmura palavras de paixão, a cabeça lançada para trás o pescoço exposto e oferecido, não resisto, paro por um breve instante a minha movimentação macha, meto forte e mantenho o pinto em riste dentro da buceta vadia, curvo-me e cravo os dentes nesse pescoço, vampirizo a criatura, torno-me entidade maligna, sinto-me mistura de deusa e diaba, vampira e cadela licantropa, comprimo os dentes e extraio um pouco de sangue, sinto na boca o gosto da possessão, delicioso sabor de minha puta, adocicado, passo a língua, limpo a leve ferida, bebo as poucas gosta que dela quero extrair, lambo com minha saliva curativa, ela grunhe, e volto a meter, fundo e gostoso, seguro o caralho na mão, sinto-me macha, fodo e ela, já entregue, agora perde a noção de si, não desmaia, mas sinto que está em outra parte do universo, persigo-a, não lhe dou qualquer trégua, acho-a novamente, estamos agora em um lugar inusitado, não há mais chão, não há mais teto, sem referências que não sejam nossos corpos, agarro-a, ela se sente segura, aperto suas pernas, seguros suas coxas, abro-as e enfio mais e mais o meu caralho, levo-a a um delírio sobrenatural, não há mais natureza aonde estamos, desconfio que morreremos e ainda assim ou por isso mesmo, prossigo na louca foda, que nunca antes havia ido a tal limite, e meto com força inaudita, com todo o vigor do meu corpo, com toda a energia de minha mente, com toda a grandeza do meu espírito anárquico, com todo o libertarismo de minha alma que transforma finalmente essa vagabunda que domino em uma fêmea como eu, ela se libera, se liberta, voa livre comigo pelo céu vermelho dos prazeres, pelos ares nebulosos cheios de fluídos indecentes, e nadamos, finalmente mergulhamos, no mar de nossos prazeres, encharcadas e gozadas, espumando jorramos líquidos juntas, gritamos e nos debatemos, gozamos loucamente, putas ensandecidas, loucas de prazer e de feminilidade aguçada, quando não se sabe mais e nenhuma importância tem quem domina quem e todas se locupletam num mar de bucetas e ruídos indecorosos que saem de nossos buracos amorosos.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vadia IV


Deitada como verdadeira franga, pernas suspensas no ar, cordas fortes, firmes, aprecio essa puta burguesa, começo a dela gostar, disposta , não foge, enfrenta-me e por isso excita-me, coloco a cinta, um pinto especial, o mais realista, macheza, sinto-me na plenitude, pego o relho, castigo para éguas que refugam, olho esse corpo que se oferece, não excepcional, um tanto comum, por isso me seduz, levanto as pernas, exponho a bunda, dói, ele geme, mas não pede quartel, ao contrário, entre murmúrios agradece, me chama de Rainha, declara-se minha, aprendeu rápido a viada, a burguesa que redimo agora dos seus pecados de origem, deusa que sou do sexo indecente e das dores insuportáveis, que conduzem ao paraíso dos prazeres, ao inferno ansiado dos pecados sem remissão, das atitudes imperdoáveis, das mitificações dos caralhos, dos falos, da adoração das bucetas, das elegias ao cu, das chupadas memoráveis, lambidas sempre inconclusas, ato preliminar que se prolonga pelas eternidades dos prazeres vagabundos, preferência maior de putas como ela, de canalhas como eu, de vagabundas lésbicas ordinárias e deliciosamente decadentes e trânsfugas de uma sociedade hipócrita e sem prazeres, suspendo as pernas até a imobilidade, deixo-a assim por longos minutos, até que as dormências a castiguem, percebo o momento certo e então, criativa, eu a sufoco, seguro sua garganta, aperto e faço-a gemer, o ar não entra, ela abre a boca, busca desesperadamente o ar faltante, que não chega, arfa, o corpo treme, mantenho firme a asfixia, sinto que ela se excita, eu me excito, sinto a buceta, sinto todo o meu corpo, seguro firme, medida certa, experiente, a garganta da cadela que agora espuma pela boca, vai gozar sem que eu a toque nas partes competentes, não esfrego no cu, nem na buceta, etapa seguinte, agora quero vê-la louca de prazer imaginista, sem contato, mentalmente me pertencendo, espiritualmente entregue, aposso-me dela, possuo-a, como uma demônia pecadora, entro em seu corpo, enxergo de dentro dela, vejo-me, perversa, implacável fodedora, percebo que ela vai gozar pois sinto que vou também, pois nesse momento somos uma só, a mesma, uma única buceta a tremer, contrair-se, um único cu a morder, um só corpo a regurgitar e a verter fluídos e derramar gozo, alivio a pressão na garganta da puta e vejo-a revirar os olhos, a boca que se abre em busca do ar que entra pelas ventas enquanto expulsa do corpo, pela buceta o produto delicioso de minha ação tempestuosa, meu corpo também treme, minhas pernas sentem meu próprio fluxo sanguíneo e gozo, numa súbita escuridão gostosa, num momento de intensa fraqueza, aquilo que todas procuramos, orgasmos que acontecem, curtos, sucessivos, sem remissão, deliciosos, eis-me realizada.