domingo, 11 de novembro de 2012

Shibari III


Sucessivas suspensões e surras controladas, dores que espalho e dissemino nesse corpo amável que me é ofertado, uso e abuso dessa vagabunda, deixo-a cansada, prostrada, libero-a finalmente da maior parte das amarras que fantasiosamente a submetem a mim, sua Rainha onipotente, impenitente e grandiosa, que agora, excitada e tesuda, prepara-se para o generoso final, para a penetrada sem piedade, ansiada pela vagabunda, solicitada por gestos, por murmúrios e palavras, incentivos dos quais não necessito, mas dos quais me satisfaço e locupleto, visto então meu potente caralho, o maior da coleção, baloiçante em minha cinta, gosto de usa-lo pois seu desequilíbrio natural me propicia gostosas sensações entre as coxas, nas polpas de minha bunda, no meu cu também quando as correias que o sustentam se esforçam para equilibra-lo, em riste, falo imperial, imperativo das machas, característico das tresloucadas Rainhas, bipolares como eu, em todos os sentidos, mentais, psíquicos e sexuais, lobas incontidas, licantropas lunáticas que aguçam dentes, rilham-nos uns contras os outros. soltam as presas mortais, eriçam os pelos, das axilas, das bucetas, sentem a penugem das pernas eriçadas, a pele que se arrepia, a transformação em outra coisa, inumana, mais potente, outra espécie, superior em muitos sentidos, sem piedade, livre e incontida, pura satisfação de taras, completa assunção dos poderes pedidos e concedidos pelos princípios das sombras, pelos segredos da escuridão, típico daqueles que cerram os olhos para o real e ousam imaginar o prazer, que gostam de se aproximar do gozo infinito, das divindades ninfômanas, das verdades naricisicas, daquelas que se adoram a si mesmas, que se admiram nos reflexos de suas atividades obscuras, que se enxergam como sacerdotisas da sensualidade, nuas, cruas e imperativas, donas de si e de quem submetem, e esta agora que assim situo, jogo-a no chão, ato-lhe os pulsos, mero formalismo, sinto-a relaxada e feliz, afasto suas pernas, deixo a bunda bem solta, tapas gentis nesse glúteos amorosos, dedos que percorrem o rego, que se detêm no cu, que excitam a buceta, que sentem os fluidos melados, que provo logo em minha na boca e, em seguida, ajusto o caralho outra vez, firmo as fivelas, vou fode-la, finaliza-la como fêmea que é, como Macha que me assumo, transformo-me, transfiguro-me, inverto a mim mesma, sinto o pinto como meu, duro, tesudo, ato final de satisfação para esta devotada serva, submissa sem igual, violentada por mim, fodida e dominada, minha mulher submetida.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Shibari II


Ultrapassar alguns limites, preferência de mulheres ousadas, concordância entre dominante e dominada, acordo mútuo necessário aos prazeres inusitados, nunca sentidos, fundamento de mentes tresloucadas que vêm em sua arte a razão de sua persistência, não de sua existência pois seus hábitos e taras fazem a amável fronteira com a dor e a morte, extremos perigosos, desejados porque nunca antes por outras ou por si mesmas experimentados, caminhos tortuosos e sofridos e por isso mesmo prazerosos, sem motivos racionais, sem razão utilitária, sem sentido humano, momentos de êxtase, necessidade de ser outra, Domme, Rainha, porque não Deusa, poderosa e ilimitada, iluminada por aquilo que para outros são trevas, mergulho nos meus sonhos, acordo dentro deles extremada e inigualável mulher dominadora, outra vez eu teço os fortes nós em duras cordas em torno desse corpo gostoso, vou adiante, exagero, contorço-o em amarras perigosas, quase o destronco, puxo, abro-lhe as pernas, exponho a buceta, vislumbro o cu entre as polpas da bunda deliciosa, brinco em ambos, meu chicote passeia e acaricia, entra e sai safadamente, safada mente que arquiteta tais manias, tarada sou, sinto o gozo entre as pernas enquanto a faço delirar com minhas artimanhas, mihas artes e minhas manhas, controlo as cordas, alargo o vão entre suas coxas, ela grita alto, sofre, não pede salvaguarda, prossigo, tortura-a em meio aos meus prazeres, ela sofre imersa neles, nossos sentidos se confundem , sinto a dor que ela sente ao sentir que ela sente o prazer que agora sinto, nossos corpos não se juntam, desnecessário ato nessa deliciosa experiência, nossas mentes se aproximam, tornam-se uma só, ambas gememos, ambas gritamos, palavrões e xingamentos ecoam no ar pesado, escuro, nossas vistas se turvam outra vez, só vemos uma a outra, chicoteio-a, ato final derradeira tortura infernal que lhe aplico enquanto gozamos juntas num turbilhão de fluidos que agora nos escorrem pelos poros, derramam-se pelas nossas bucetas, melam nossos corpos, uso-a, abuso-a, encosto meu corpo no dela, sinto-a em frêmitos, tremores e angústias femininas que reagem à minha macheza repentina, encosto a buceta nela, ajo como se fosse um pinto, meto, encoxo-a e fodo esse corpo suspenso e balouçante, imponho-lhe um ritmo cadenciado e ascendente, semelhante a uma metida de foda intensa, domino-a totalmente, possuo-a, me integro nesse corpo que desejo, voamos como fadas do mal, valquírias sexuadas, vampiras ignaras, licantropas ferozes, nos mordemos, machucamos, lambemos as feridas, bebemos sangue, fluídos e babas, cuspimos e vertemos todos os líquidos que um corpo pode gerar, fodemos e gozamos, cada qual a seu modo possuindo tudo o que a outra pode dar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Shibari I


Cordas preparadas, tensas mesmo quando ainda não usadas, adequadas ao corpo da fêmea, imobilizada, submetida a meus imperiais desígnios, imperativa e autoritária herdeira feminina da técnica masculina de potentes samurais, de machos convictos, dominadores incansáveis, para quem a submissão era um ato final de indelével agonia e que para mim se aproxima do prazer, gozo e morte, prazeres do abandono, letargia indecorosa, submissão indecente, vergonha e amor, ódio e circunstância, mistura de sentimentos, características assumidas da mulheres dubitantes, machafêmea como eu que aprecia um corpo belo, seja de que gênero for, ama igualmente um caralho duro tanto quanto uma buceta pulsante e oferecida, ambos triunfantes, bem usados e preparados no físico tenso de quem se submete, e assim, inicio o trespasse artístico das cordas no corpo da mulher apreciada, planejada em minha mente, executada por minhas mãos, guerreiras e hábeis a um só tempo, manipulando as tensões e os nós fortes e arredondados nas exatas zonas erógenas desse corpo generoso que a mim se apresenta, entre as coxas ponto inicial, primeiras voltas e nó primordial, situado no ponto exato em que cu e buceta se identificam, aonde as coxas inevitavelmente sentirão a pressão do duro nó que agora executo, e sigo com as duas pontas da corda por esse corpo afora, que no meu mundo se transmuta, geografia inusitada, topografia erótica, topologia de pura sensualidade, sinto-a, a dona desse corpo que agora torno minha propriedade, sofrer e gozar com tantas dores e tensões que como poucas sei infligir, levo ao seu corpo e também a sua mente as dores e os temores, os prazeres e sofrimentos, que só eleitas como nós sabem desfrutar, ato-a, amarro-a, não se move, apenas murmura e geme, e identifico nesses sons guturais que se formam no ar, a partir se sua boca, mas que se estruturam em sua mente, os pedidos alucinados por mais, mais, mais, apertos atrozes, marcas que se acentuam na pele delicada, dobras inexistentes que se formam nesse corpo magnífico de que me apodero, completo nós sucessivos, junto a buceta, tirantes cruéis de cruas cordas que segmentam as tetas de mamilos eriçados de tesão, nós poderosos que se tornam corrediços quando eu assim o desejo e que percorrem partes desse corpo excitando-o como se uma mão áspera o fizesse ou uma língua dura e forte tal caminho fizesse ou um caralho duro e convicto, macho e potente tal papel desempenhasse, levo-a ao limite, sinto-a no extremo quando aplico o nó final e a jogo aos meus pés, no chão, amarrada e gemebunda, feliz e sofredora, submetida a mim, Rainha, ela sentindo-se minha posse, jogada ao chão como uma porca amarrada, pronta para ser sacrificada. Minha alma escurece junto com minha vista que nada mais percebe senão esse corpo magnífico, transformado por mim e por meus indecorosos desejos em puro prazer, obra de arte primorosa, rigorosa e simétrica, perfeita geometria de domínio e submissão.