quinta-feira, 5 de abril de 2012

Inversão: as sombras dos segredos VI.


Bombadas.

Meto, acelero, trata-se agora de finalizar o macho, mata-lo, leva-lo ao ápice, paroxismo paradóxico, faze-lo gozar no pau, inciando no cu, excita-lo ao limite, parar, recomeçar, tomar dele posse, exercer sobre ele o controle total, inexorável e infinito crença racional infinito positivo, meto forte, ritmada e possessiva, possuída e possante, mais uma crise de vulgaridade, agradável e sublime, bombadas sucessivas, gemidos em consequência, um pau que endurece, agora bem a minha vista, um corpo que se esvai, cede toda a energia, quero vê-lo exangue, exausto, entregue e indefeso, quero, eu sinto dentro de mim, mata-lo de prazer, leva-lo ao cadafalso das ejaculadas, seca-lo tirar seu último alento, vê-lo desfalecer, sinto agora esse outro momento extraordinário da inversão, a troca da potência, o elogio da submissão, prevaleço, prerrogativa máscula, dominante, eu a assumo, quem faz gozar sou eu, que domina é minha mente, quem exerce é meu corpo que transparece no meu caralho, que invade e minha mente, penso em tudo isso enquanto continuamente enfio e meto, bombando, fazendo o corpo do fodido se mover pelos meus ímpetos, cada vez menos firme, cada vez mais dependente de minha força inaudita, de minha vontade voraz, de minha firmeza macha, de minhas coxas, de meus braços, de minha cintura flexível e ágil, de minha macheza forte, que se revela em cada ato, em cada gesto, em cada toque que dou nesse corpo gostoso, na textura dessa pele arrepiada de prazer, nos apertões e beliscos que aplico nos mamilos eriçados, nos toque sutis que dou no pau endurecido, nos apertos e tapas que aplico nos testículos indefesos, nos dedos que introduzo na boca do vadio, nas lambidas e chupadas que ordeno que me de nesses instrumentos de gozo e prazer, obediência total, vejo a língua que se move como lesma ligeira, como cobra sorrateira, que chupa meus dedos, que multiplico nessa boca submissa, retiro e com a mão firme eu seguro sua garganta vou sufoca-lo, experiência perigosa, só pessoas como eu sabem fazer, garrote, asfixia erótica, excitação extrema em situação extremada, ainda ensaio, limito às ameaças.quero vê-lo temeroso, quero vê-lo trêmulo, mas quero vê-lo confiante, sabendo que em mim encontrará o que nenhuma outra poderá lhe dar, o prazer próximo ao desenlace, o gozo próximo à morte, o que ainda não se experimentou, faço ao foder, tudo o que já se fez, e tudo o que se fará, conduzo meu macho às sua sombras, desvendo os seus segredos, mas não o ilumino e nem o esclareço, categorias racionais e burguesas, apenas o apresento a si mesmo, inevitável e indecoroso, veja-se como irremediado pecador, como tarado, como anormal e comigo, converta-se a tudo o que seja transverso e inverso e encontre nisso o prazer do transgresso, da inevitável prosódia do mal, do incrível caminho da penumbra e viva nela enquanto eu o punheto, brinco com seu caralho enquanto possuo seu cu e te faço e te tormo aquilo que não conheces, aquilo que não sabias existir dentro de ti mesmo, o prazer infinto, positivo pela própria razão da existência do negativo, como não estar invertido quando se pensa assim, vou te matar agora, acelero, pego no seu pau, sinto-o pulsar, próximo ao final, sinto voce desmaiar te falta o ar, te sobra tesão, sua boca se abre e geme, tenta alcançar o que não sabes, voce sente que vai morrer, mas comigo te matando a depressão infinita te invade e nisso também descobrimos o prazer, de foder, de ser fodido, de gozar, por fim ejacular, sem pinto entumescido, duro, rijo começa a latejar, espasmos que prenunciam um jato de esperma, um jorrar de porra anunciado.

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