quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vicio desejado

Prazeres do vício delirante, felações, sexo, perversões e dominação o tempo todo, invulgar e diferente, mente fixada, ninfomania assumida, minha plena saúde mental em uma sociedade mentalmente doente e autoritária, libertação na liberação, liberdade libertina, atos sem senso e nem censura burguesas, lubrifico a alma antes do corpo, as ideias e desejos antes da buceta, antes do cu e precedendo excitações nos mamilos, enlouqueço o meu corpo, esvazio a mente, deixo-os, ambos, abertos, em todos os sentidos, a entrada dos prazeres que vagueiam como seres animados por todos os meus poros, arrepiam os meus pelos, eriçam, deixam-me hirsuta como loba selvagem, feroz e comedora, a boca que saliva, a língua que se projeta e molha os lábios, processo alucinado, seduzo-me, torno-me amante de mim mesma, percorro meu corpo, mãos hábeis e sacanas, sinto e percebo meus encantos nas pontas dos dedos, nessa pele arrepiada, aliso-a no contrapelo, arrepio-me mais ainda enquanto acaricio a minha bunda, percorro o meu rego, brinco no meu cu, masturbo-me enquanto abro as coxas, sinto toda a unidade, mente e corpo, em minha plena e total umidade.

Molho-me, melo-me, cuspo em mim mesma, esfrego e espalho meus próprios fluidos por meu corpo, ergo meus quadris, projeto para cima a minha buceta, contraio a bunda, sinto meu cu mordendo meu dedo, aplico outro na buceta, rebolo agora como cadela vadia, como puta da rua, como vaca vagabunda, égua tropeira, animalizo-me, reduzo a minha condição humana ao império dos meus prazeres solitários, no cio, plena de desejo, penso agora apenas em mim mesma, como em todas as masturbações, ato perene e fiel de amor ambíguo a mim mesma, solidária comigo, solitária na ação, bato tapas na buceta, fricciono, estimulo enquanto meu cu se movimenta, autônomo, funcional, atende meus prazeres, morde o dedo que nele enfio enquanto me finalizo, a vista turva, semi cerrada, tremulências dorsais, admirável corpo que responde a todos esses estímulos num squirt memorável, esguichadas fluidas, que esvaem meu corpo, esgotam-me as energias, generosos espasmos, orgasmos sucessivos que, cada vez mais, fazem-me amorosa e cativa de mim mesma.

Um comentário:

  1. Bom de mais trabalhar no próprio corpo é como se tivesse-nos moldando outra figura de si mesmo.
    A foto a cima está bela né professorinha!

    Me volto em beijos ^.~

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